CampanhaFundos202206

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13 de Março de 2024

Os governos são títeres e até podem ser dispensados! 

Os resultados das eleições antecipadas de 10 de Março deixaram muito claro  o repúdio  do povo português às políticas que  conduziram as suas vidas a uma degradação crescente, que se traduz na inexistência dos direitos mais básicos, como a saúde, a habitação e mesmo, o não acesso a bens alimentares, obrigando a escolhas cada vez mais apertadas.

E esta é a realidade que os partidos que estiveram até hoje no poder criaram, pela qual são responsáveis.

A verdade é que após quatro meses de campanha eleitoral contínua, cheia de promessas que supostamente seriam a resposta  às  sucessivas crises dos governos nacional e regionais e que os próprios criaram, da devassa de milhões de euros em campanhas de propaganda  e manipulação, de autênticas feiras de ofertas, a instabilidade governativa vai continuar, com o anúncio antecipado de uma nova crise!

Nem o PS nem a AD venceram estas eleições (talvez o Costa seja efectivamente, o vencedor)! Ambos ficaram reféns das promessas que fizeram, sendo obrigados a estabelecer um pacto: eu não faço alianças e tu também não fazes, pensando que, para já, este contrato lhes salva a pele e a face. Neste contexto, as muletas do PS que se preparavam para, mais uma vez, se sentarem à mesa do orçamento, negociando com o PS, manietando os trabalhadores, ficaram sem o pouco chão que tinham e o mais que se verá.

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Opinião

A Imprensa Açoriana E a Candidatura do Partido

A Imprensa Açoriana
E a Candidatura do Partido

Num arquipélago com nove ilhas habitadas – Santa Maria, São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo – dispostas ao longo de um eixo de 640 kms de comprimento, orientado entre o Corvo, a noroeste, e Santa Maria, a sueste, há uma abundante imprensa diária com suporte hertziano (rádio), digital (internete) e em papel, que inclui o Açoriano Oriental, fundado em 1835, e que é o mais antigo jornal diário Português.

Muitos desses órgãos de comunicação social têm trazido notícias do programa político do nosso Partido, o que acontece pela primeira vez nos últimos trinta anos.

É curioso verificar que Garcia Pereira e o seu grupelho de provocadores anticomunistas e antipartido escreveram à imprensa regional açoriana a pedir-lhe que não noticiassem as actividades do Partido, alegando ipsis verbis: “o MRPP acabou no dia 6 de Outubro de 2015 com o assalto do ditador Arnaldo Matos ao Partido.”

Esta manobra provocatória do grupelho anticomunista e antimarxista do Garcia Pereira teve como consequência uma cobertura da imprensa às actividades políticas do PCTP/MRPP, ao invés do que previam os provocadores.

A título de exemplo vão aqui indicados três órgãos de imprensa para consulta dos nossos leitores:

Açoriano Oriental, 09.09.2016

Açoriano Oriental, 25.09.2016

Rádio Atlântida, 30.09.2016

Jornal Açores 9, 09.09.2016

Jornal Açores 9, 25.09.2016

Açoriano Oriental, 10.10.2016

07.10.2016

Arnaldo Matos

 

 

 

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Ouve o Partido nas Rádios dos Açores

Ouve o Partido nas Rádios dos Açores

Os tempos de Antena do Partido nas diversas rádios regionais e locais dos Açores podem ser ouvidos em Portugal, através do jornal Luta Popular Online. Basta clicar

Tempos de antena do Partido nas Rádios dos Açores

 

Programa           Data da 1ª Emissão         Rádios Locais

1º Programa         02.10.2016                            Graciosa / Terceira / Pico / Faial

Repete na RDP e nas restantes rádios locais

 

2º Programa        03.10.2016                       Graciosa / São Jorge / Terceira / Faial

Repete na RDP e nas restantes rádios locais

 

3º Programa        06.10.2016                            Graciosa / São Miguel / São Jorge / Faial / Santa Maria

Repete na RDP e nas restantes rádios locais

 

4º Programa        07.10.2016                            Graciosa / Terceira / Santa Maria

Repete na RDP e nas restantes rádios locais

 

5º Programa        08.10.2016                            São Jorge / Terceira  

Repete na RDP e nas restantes rádios locais

 

6º Programa        10.10.2016                            Santa Maria

Repete na RDP e nas restantes rádios locais

Programas já emitidos.

05.10.2016

Ana Cristina

Vê o Partido na TVAçores!

Vê o Partido na TVAçores!

Os tempos de Antena do Partido na TV dos Açores podem ser vistos também na Madeira, em Portugal continental e no estrangeiro, tanto na RTP em sinal aberto, na emissão TVAçores, como na RTP África, na RTP Internacional e na televisão por cabo, onde a RTP Açores tem também canal próprio: na NOS, posição 189; na MEO posição 202; na Vodafone, posição 202.

Tempos de antena do Partido na TVAçores

Data de Emissão / Hora de Emissão / Ordem de Entrada

02.10.2016                 20H40M                  9º Programa

04.10.2016                 20H40M                  4º Programa

07.10.2016                 20H40M                  1º Programa

08.10.2016                 20H40M                  1º Programa

09.10.2016                 20H40M                  7º Programa

10.10.2016                  20H40M                  3º Programa

13.10.2016                  20H40M                  9º Programa

14.10.2016                  20H40M                  8º Programa

O nosso técnico, camarada P. M., está a envidar esforços para colocar ao alcance dos nossos leitores os tempos de antena televisivos do Partido, logo após a sua emissão completa na TVAçores, bastando clicar no vermelho.

Programas já emitidos.

03.10.2016

Arnaldo Matos

O Camarada Pedro Vultão Ou a Valentia de um Comunista Açoriano

A Luta Política Eleitoral nos Açores

O Camarada Pedro Vultão

Ou a Valentia de um Comunista Açoriano

 

O camarada Pedro Miguel Machado Vultão, de 57 anos de idade, operário soldador na fábrica de produção de açúcar Sinaga, em Ponta Delgada, terceiro candidato da Lista eleitoral do Partido na ilha de São Miguel, resolveu enfrentar as proibições do dono da fábrica, o governo regional do pseudo-socialista Vasco Cordeiro, e pôs-se à porta da fábrica para ser filmado num tempo de antena para a RTP local, proferindo um apaixonado discurso em defesa dos operários da Sinaga.

Obedecendo às ordens dos administradores, lacaios do governo, os operários da Sinaga foram obrigados a sair do campo da objectiva do filme e um pequeno grupo de social-fascistas, com autocolantes do PCP/APU, pôs-se à porta do café mais próximo a insultar e apupar o camarada Vultão, um dos mais antigos operários da Sinaga.

O camarada Vultão, revelando um autodomínio notável, manteve-se até ao fim imperturbável no seu discurso de defesa dos operários da Sinaga, indiferente aos cobardes ataques pessoais dos social-fascistas do PCP, cumprindo a sua tarefa política no local que tinha escolhido para falar: à porta da Sinaga.

Vultão mostrou a toda a gente, aos operários da Sinaga e aos social-fascistas do PCP como se comporta um verdadeiro e valente comunista açoriano.

Força, camarada! Um afectuoso abraço para ti.

04.10.2016

Arnaldo Matos

Obrigado!

Obrigado!

A campanha de fundos para apoio às tarefas do Partido nas eleições legislativas dos Açores continua.

Na primeira semana, entre o dia 21 de Setembro, quando tornámos público o número da conta de transferência das doações, e o dia 29 do mesmo mês, foram depositados na conta a quantia de 3 673 euros, que muito agradecemos.

Esta verba ajuda, mas não chega para as despesas de uma campanha que se processa em nove ilhas, com deslocações de avião e de barco entre elas.

Pedimos a todos os nossos leitores, camaradas, simpatizantes e amigos, que, na medida das suas possibilidades, continuem a ajudar o Partido e os camaradas dos Açores.

Obrigado!

03.10.2016

Arnaldo Matos

 

 

 

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Entrevista de Ana Címbron à Rádio Pico, da Madalena, na Ilha do Pico

De Ana Címbron

à Rádio Pico, da Madalena, na Ilha do Pico

 

Ana Isabel Vieira Címbron, empregada de balcão, de 33 anos de idade, mãe de dois filhos, natural de São José, em Ponta Delgada, e residente há mais de vinte anos na vila da Madalena, na Ilha do Pico, é membro e mandatária da lista do PCTP/MRPP na ilha do Pico.

 

Entrevista

 

1. Porque é que decidiu candidatar-se pelo Pico?

Bom dia Senhoras e Senhores ouvintes da Rádio Pico!

Bom dia Picuenses! Bom dia picarotos e picarotas!

Porque o Pico precisa de todos nós!

É verdade que nasci em São José, Ponta Delgada, mas vivo, estudei e trabalho no Pico há vinte anos. Tive aqui os meus pequenos: o Carlos Simão, agora de 16 anos, e a Ana Sofia, agora com 11 anos. Sou para todos os efeitos uma picarota…

Ora, o Pico, que é a segunda maior e uma das mais belas ilhas dos Açores – senão mesmo a mais bonita -, tem estado a perder continuamente população. Já só somos 14 144 os habitantes do Pico.

Qualquer dia é mais difícil encontrar um picaroto do que um priolo.

Esta desertificação da ilha do Pico é uma consequência da política errada dos governos do PSD e do PS durante os últimos quarenta anos de autonomia. Essa política tem beneficiado as classes ricas de São Miguel e da Terceira, e prejudicando as outras ilhas dos Açores, nomeadamente o Pico.

Resolvi aceitar ser candidata e mandatária pela lista do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), o partido do Arnaldo Matos, porque é o partido político que apresenta o melhor programa político eleitoral para toda a Região Autónoma dos Açores e para a ilha do Pico em especial.

Achei extraordinário que o programa do PCTP/MRPP exija:

  • A extinção do cargo e das funções de representante da República nos Açores.
  • A criação de uma Guarda Autonómica, formada por 250 homens e mulheres nascidos e residentes nos Açores, sem armas de fogo mas com armas de defesa pessoal, para substituírem a PSP e a GNR em todas as actividades policiais na nossa Região.
  • E sabe? Foram eles, os dirigentes do PCTP/MRPP, que alertaram pela primeira vez os açorianos para o facto de que a União Europeia se preparava para tomar conta dos mares e dos fundos marinhos dos Açores, e que nos informaram que os governos de Carlos César e Vasco Cordeiro, mais os governos centrais de Passos Coelho/Portas e de António Costa, entregaram aos alemães os nossos mares e os nossos fundos marinhos, sem nenhuma contrapartida para os portugueses, incluindo sobretudo para os açorianos.

Foram também eles que esclareceram os açorianos de que, dentro de dias, uma empresa canadiana de nome Nautilus Minerals Azores viria encetar a pesquisa dos minerais nos fundos marinhos dos Açores.

Ora, só o Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses – cuja lista ocupará o 3º lugar no Boletim de voto do Pico – chamou a nossa atenção para estes problemas tão importantes da Região.

Sabe que na exploração dos fundos marinhos dos Açores – projecto Atlântico Azul – a Universidade dos Açores foi excluída do conjunto de Universidades que vão seguir os trabalhos da Nautilus Minerals Azores?!...

Pois é, os militantes e os simpatizantes do PCTP/MRPP andaram por todas as ilhas dos Açores a dizer estas verdades e obtiveram um grande sucesso.

Nós merecemos que voteis em nós.

Votem no Terceiro! No Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP).

 

2. Quais as vossas propostas para a Ilha do Pico?

Pois é! Se para a Região Autónoma dos Açores temos excelentes propostas, para a ilha do Pico ainda são melhores.

Nós achamos que a ilha do Pico deveria ser dirigida por um Conselho Político de Ilha, eleito pela população residente no Pico, com mais de 16 anos de idade, e que decidisse do nosso futuro. O governo regional deveria coordenar os Concelhos de Ilha, e todas as ilhas teriam uma política de desenvolvimento económico, social, demográfico e cultural em igualdade entre elas.

 

1. O Pico não tem, mas precisa de um Hospital.

Os governos regionais que temos tido estão sempre a dizer que os Açores não podem ter um hospital em cada ilha. Mas aí é que eles se enganam: os Açores podem e devem ter um hospital em cada ilha. No continente português, cada concelho tem um hospital, como Chaves, Abrantes, Viana do Castelo, etc. Porque é que cada ilha dos Açores não há-de ter também o seu hospital próprio?

Compreende-se que para toda a Região Autónoma dos Açores haja um ou dois grandes hospitais: um no grupo central e outro no grupo oriental, capaz de resolverem todos os problemas de medicina e cirurgia que porventura se viessem a deparar.

E não há razão nenhuma para que o grande hospital a construir no grupo central não seja construído no Pico, a segunda maior ilha do arquipélago.

Mas mesmo um ou dois grandes hospitais não dispensariam a construção de outros hospitais – pequenos embora – nas outras ilhas, mediante um plano a executar ao longo do tempo.

O governo regional inaugurou há pouco tempo uma unidade de saúde insular no Pico, mas a unidade já não funciona, obrigando os picuenses a irem tratar-se à cidade da Horta, do outro lado do canal, sujeitando-se às intempéries, aos ventos e às chuvas e a ficarem retidos no Faial, sem casa, habitação ou instalação para o efeito.

A exigência de um hospital, muito embora pequeno, mas com competência para acorrer às questões médicas e cirúrgicas mais comuns, é uma questão estratégica vital para o desenvolvimento turístico futuro da ilha do Pico, pois ninguém irá passar férias para uma ilha que nem um posto de atendimento médico possui.

 

2. A lista da candidatura de que faço parte – a terceira do boletim de voto na ilha do pico – exige que o governo regional, o governo da república e as instituições europeias mantenham os apoios que tem estado a conceder à agricultura, à agropecuária e aos lacticínios do Pico.

Assim como entendemos que deve merecer apoio o agricultor de produtos hortícolas, fruta e cereais, a que se dedica uma parte dos agricultores picuenses, e que devia ser estimulado pelo governo central pela contribuição que essa agricultura faculta à diminuição das importações de produtos alimentares.

Chamamos a atenção para que o Queijo do Pico, com denominação de origem protegida (DOP), deve ser defendido pelos governos regional e central, pois tal queijo pura e simplesmente desaparecerá do mercado, se o TTIP (sigla inglesa pela qual é conhecido na Europa o tratado de comércio entre os Estados Unidos da América e a União Europeia) vier a ser assinado pelo governo português.

 

3. A nossa lista do Pico apresenta um vasto e completo programa para os pescadores picuenses, que inclui a proibição de pescar nas águas açorianas a todas as embarcações que não estejam registadas na Região; a firme negociação das quotas de pesca junto dos ladrões da união europeia; a contínua fiscalização dos mares açorianos pela marinha de guerra e pela força aérea; o pagamento imediato pela Lotaçor do pescado vendido em lota; o contrato de trabalho para os pescadores; e a construção de uma Escola de Pesca.

 

4. Também exigimos que a Universidade dos Açores estabeleça um Pólo Universitário na ilha do Pico.

 

5. E combatemos o isolamento a que está votada a ilha pela Sata, a transportadora aérea regional, que precisa de uma nova estrutura aéro-portuária, capaz de receber com inteira segurança as modernas aeronaves do tipo dos Airbus 320, 321 e de ligar a ilha do Pico a todas as ilhas açorianas, aos arquipélagos da Madeira, das Canárias, de Cabo Verde e a Portugal Continental.

 

6. O turismo

A ilha do Pico reúne condições privilegiadas para se constituir num dos principais focos de desenvolvimento da indústria turística açoriana. O seu riquíssimo património paisagístico, geológico, vitivinícola, agropecuário, histórico e cultural poderá transformar a nossa ilha na única capaz de competir, em igualdade de circunstâncias de base, com a ilha de São Miguel.

 

7. A minha lista pretende para o Pico um sistema de comunicações moderno, base fundamental do seu envolvimento futuro: um sistema de comunicações por fibra óptica para televisão, telefone, internete e demais comunicação digital.

Como vê, queremos – e estaremos disposto a lutar por isso daqui para a frente – o desenvolvimento económico e o progresso cultural e social da ilha do Pico.

Por isso, pedimos o vosso voto no Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), o 3º no boletim de voto do Pico.

 

3. Qual o apelo ou mensagem que fazes aos eleitores?

Que votem! Que não fiquem em casa! Mas que votem na minha lista, na lista de que sou mandatária, na lista do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses – PCTP/MRPP. No Pico, votem no Terceiro! A minha lista defende os interesses e direitos da Região Autónoma dos Açores e os interesses e direitos dos picuenses, do povo da ilha do Pico!

E sabem que mais? Fora com o representante da República!

 

Pico, Madalena, 20.09.2016

Ana Isabel Vieira Címbron


 

 

 

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Entrevista de Ludovina Gomes ao Jornal Diário Insular, de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira

De Ludovina Gomes

ao Jornal Diário Insular, de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira

 

Ludovina de Lurdes Correia da Silva Gomes, dona de casa, casada, de 63 anos de idade, mãe de uma filha, natural de Guadalupe, Santa Cruz da Graciosa, e residente na Praia da Vitória, na ilha Terceira, há sessenta anos, é a primeira candidata da lista do Partido pela Terceira, lista que ocupa o 1º lugar no boletim de voto.

 

Entrevista

 

1.      O PCTP/MRPP apresenta-se como uma força partidária fora do circuito dos grandes partidos. É uma vantagem ou uma desvantagem na captação de eleitores?

O nosso regime autonómico faz agora quarenta anos e só conheceu dois partidos: o PSD e o PS. O povo açoriano está largamente desiludido com a política de qualquer desses dois partidos. Com excepção de São Miguel, as restantes ilhas do arquipélago estão a perder população e a gerar cada vez menos riqueza. É uma vantagem para todo o povo dos Açores votar num partido como o Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses, o PCTP/MRPP. Somos o único partido que define novos rumos para a autonomia e apresenta um programa político e económico para o desenvolvimento da Região e de cada ilha dos Açores pelas quais nos apresentamos, com oito listas de candidatos.

E damos uma especial importância aos direitos das mulheres, dos jovens, dos operários, dos pescadores, dos trabalhadores rurais, dos empregados do turismo, do comércio e da função pública, dos desempregados e dos idosos.

 

2.      Uma das grandes prioridades do partido tem sido a luta pelos direitos dos trabalhadores. Como avalia esta área na Região?

Os Açores vivem às costas dos trabalhadores, mas os trabalhadores açorianos não têm direitos. Isto não pode continuar assim. Os governos do PSD e do PS só se preocupam em encher os bolsos aos ricos e desprezam os trabalhadores e os pobres

Veja as operárias das conservas de peixe. Há cinco fábricas nos Açores, incluindo a Pescatum na Terceira. Quando estão em pleno funcionamento, há mais de mil mulheres a trabalhar nas conserveiras, quase todas ganham abaixo do salário mínimo nacional e trabalham às vezes mais de dez horas por dia, sem pagamento de horas extraordinárias.

Veja o que se passa com os pescadores cujo produto em alguns anos contribui mais para as exportações do arquipélago do que a agro-pecuária, os lacticínios e o queijo todos juntos. O pescador é um escravo: não tem contrato de trabalho, não tem horário de trabalho, não tem direito a férias e na maior parte do ano nem sequer tem descanso semanal. E quando o mar o não deixa pescar, não ganha.

Veja o que se passa com os trabalhadores rurais, de que dependem toda a nossa agricultura, toda a agro-pecuária, toda a indústria dos lacticínios: não têm contrato de trabalho, ganham quase todos abaixo do salário mínimo nacional, não têm horário de trabalho, por vezes passam até as noites a dormir ao pé do gado, não têm férias nem descanso semanal.

Veja o que se passa com os trabalhadores da restauração e hotelaria: ganham normalmente menos que o salário mínimo nacional, trabalham mais de oito horas por dia e trabalham sem contrato, quase sempre a recibo verde, ou com vínculos precários.

A situação das classes trabalhadoras nos Açores é um escândalo e, só por si, justificaria a prisão dos actuais e dos passados membros dos governos de Mota Amaral, Carlos César e Vasco Cordeiro.

 

3.      Como encara o atual peso político e social da ilha Terceira?

A Terceira já foi, sobretudo nos campos político e cultural, a alma dos Açores. Hoje está de rastos. Não se percebe mesmo qual é o papel que os governos do PSD e do PS reservam – se é que reservam mesmo – para a Terceira e para os terceirenses. Tudo é orientado para Ponta Delgada e São Miguel. O governo de Vasco Cordeiro passeia-se pelas ilhas como uma côrte de mandarins chineses pelo império, mas põe em prática uma política de desenvolvimento económico, social e cultural desigual, deixando as ilhas cada vez mais para trás.

O Estatuto Autonómico deve ser alterado e cada ilha deve ser dirigida por um Conselho Político eleito por sufrágio directo, universal e secreto em cada ilha, conferindo poderes políticos e administrativos a cada uma das nove ilhas.

É preciso descentralizar. Tal como as coisas estão hoje, os municípios de cada ilha acabam por dividir entre si os interesses da ilha, mas a ilha e o povo da ilha, no seu todo, nunca têm maneira de exprimirem por si próprios o que querem para o seu futuro e o futuro da ilha.

O Conselho Político de Ilha é uma exigência urgente para salvar as ilhas do despovoamento eminente.

 

4.      Que caminho defende para a ilha, numa altura em que é real o processo de downsizing nas Lajes e em que sectores como a agricultura estão em crise?

Os imperialistas americanos vão deixar definitivamente a Base, e só cá voltarão esporadicamente, quando acontecimentos militares no Oriente Médio o impuserem.

Os americanos concentrar-se-ão a partir de agora no Pacífico, onde têm o seu inimigo principal, a China.

Deve aproveitar-se essa circunstância, que está a causar tanto prejuízo económico à ilha Terceira, para pôr o imperialismo americano fora dos Açores, e definir para a base portuguesa das Lajes – a Base Aérea nº4 – uma nova missão: o rearmamento da base para defesa, vigilância e segurança no espaço aéreo-naval da plataforma continental portuguesa na zona dos Açores, que, se for aceite pela ONU a nossa proposta, terá uma área de 4 milhões de quilómetros quadrados de superfície, a maior parte da qual à volta dos Açores.

A reconstrução, reorganização, e reapetrechamento da Base Aérea nº 4 para essa missão de vigilância e controlo do espaço aéreo-naval dos Açores, levará a nova base a recrutar e empregar um número considerável de trabalhadores civis açorianos, compensando o   despedimento dos trabalhadores da base americana.

O futuro da Terceira, como o do arquipélago dos Açores aliás, estará nas indústrias do mar e no turismo, cujas infra-estruturas devem ser montadas desde já. Uma base militar – e muito menos uma base americana – não será futuro para ninguém.

A crise actual da agricultura deve-se à inércia do governo regional e do governo da república, que aceitaram a política da União Europeia, sem a devida oposição, da extinção das quotas leiteiras e dos subsídios à produção agrícola e agro-pecuária.

Os governos regional e central devem continuar com os apoios à agricultura. A agro--pecuária está em condições de produzir e vender, em Portugal e na Europa, uma carne de excelente qualidade e de servir de base a uma indústria de lacticínios promissora, sobretudo no domínio da produção de queijos com denominação de origem protegida (DOP).

 

5.      Quais são as principais linhas que defende para a ilha e para a Região?

Para a Região, um novo rumo da autonomia com:

•    Criação do Conselho Político de Ilha, como já expliquei resumidamente acima.

•    A extinção do cargo de representante da República para a Região.

•    A constituição de uma Guarda Autonómica, formada por 250 homens e mulheres, sem armas de fogo, mas com armas pessoais de defesa, para exercer todas as tarefas de segurança pública da Região, com extinção da PSP e da GNR locais.

•    A Região terá tribunais de primeira instância e um tribunal da Relação, formados por magistrados e funcionários oriundos ou residentes na Região.

•    Uma universidade de carácter internacional, admitindo, sempre mediante concurso público aberto, professores, alunos e funcionários de qualquer nacionalidade, e com pólos universitários em todas as nove ilhas do arquipélago.

Para a Ilha Terceira propomos:

•    A sede e corpo central da Universidade, a que nos referimos no ponto anterior.

•    A criação das infra-estruturas que permitam promover o turismo como actividade económica central da ilha no futuro.

•    O investimento nas indústrias do mar.

 

6.      Caso seja eleito, pretende ocupar o lugar de deputada na ALRA ao longo de toda a legislatura?

Sim!

 

Ludovina de Lurdes Correia da Silva Gomes

1º Candidato da Lista da Terceira

pelo Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses – PCTP/MRPP

 

 

 

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Entrevista de Ana Címbron ao Jornal o Ilha Maior, da Madalena, na Ilha do Pico

De Ana Címbron
ao Jornal Ilha Maior, da Madalena, na Ilha do Pico

 

Ana Isabel Vieira Címbron, empregada de balcão, de 33 anos de idade, mãe de dois filhos, natural de São José, em Ponta Delgada, e residente há mais de vinte anos na vila da Madalena, na Ilha do Pico, é membro e mandatária da lista do PCTP/MRPP na ilha do Pico.

 

Entrevista

1. Quais as medidas prioritárias que defendem para o Pico?

A constituição de um Conselho Político-Administrativo para dirigir a ilha do Pico.

A construção de um hospital com as valências médicas e cirúrgicas essenciais para servir 30 000 utentes, estando-se a contar com os turistas que irão aceder à ilha do Pico muito em breve, desde que haja também um hospital para o que der e vier.

Apoio à agricultura, agro-pecuária e lacticínios do Pico.

Defesa da denominação de origem protegida (DOP) do Queijo do Pico, em risco de desaparecer para sempre, se for assinado por Portugal o TTIP (tratado de comércio transatlântico) entre os Estados Unidos e a União Europeia.

A defesa dos Pescadores e das Pescas da ilha do Pico.

A ruptura do isolamento da Ilha do Pico em matéria de transportes marítimos e aéreos.

Construção e Instituição de um Pólo Universitário da Universidade dos Açores na Ilha do Pico.

 

2. Nos últimos anos a Saúde, nomeadamente, a centralização de serviços tem sido um dos assuntos que mais preocupação tem gerado. O que defende ao nível da Saúde? Concorda ou não com a centralização de serviços?

Na sua aplicação às nove ilhas da Região Autónoma dos Açores, o sistema do serviço nacional de saúde tem de ser totalmente modificado e readaptado, na sua base hospitalar.

Compreende-se que exista um grande hospital para toda a Região, dotado de todos os serviços e valências médicas e cirúrgicas, mas deve ser reequacionada a escolha da ilha onde tal hospital deva ser construído, o mais próximo possível do centro geográfico do arquipélago e tendo em atenção os meios aéreos de transporte de doentes, que terão de ser utilizado nas urgências.

Todavia, as outras ilhas não podem dispensar o seu hospital, pequeno embora, mas com capacidade para tratar as doenças e acidentes mais comuns, tanto no campo médico como cirúrgico.

No continente português, quase todos os municípios têm um hospital. Não se vê como, por maioria de razão, não haveria de existir um hospital em cada uma das ilhas.

 

3. Qual a análise que faz ao trabalho desenvolvido pelo Governo Regional dos Açores?

Tanto seja do PSD como do PS, tenham à sua frente Mota Amaral, Carlos César ou Vasco Cordeiro, os governos regionais dos Açores têm conduzido uma política que satisfaz os interesses económicos e políticos da burguesia capitalista exploradora açoriana, enriquecendo os que já são ricos e empobrecendo os que já são pobres.

O resultado desta política é o despovoamento das ilhas mais pequenas ou mais atrasadas economicamente, levando ao enchimento de São Miguel e à emigração.

Os Açores vivem às costas dos trabalhadores, mas os trabalhadores açorianos não têm direitos.

Veja as operárias das conservas de peixe. Há cinco fábricas nos Açores, uma das quais no Pico: a da Cofaco, na Madalena. Quando estão em pleno funcionamento, há mais de mil mulheres a trabalhar nas cinco conserveiras, mas quase todas ganham abaixo do salário mínimo nacional e trabalham às vezes mais de dez horas por dia, sem pagamento de horas extraordinárias.

Veja o que se passa com os trabalhadores rurais, de que dependem toda a nossa agricultura, toda a agro-pecuária, toda a indústria dos lacticínios: não têm contrato de trabalho, ganham quase todos abaixo do salário mínimo nacional, não têm horário de trabalho, por vezes passam até as noites a dormir ao pé do gado, não têm férias nem descanso semanal.

Veja o que se passa com os trabalhadores da restauração e hotelaria: ganham normalmente menos que o salário mínimo nacional, trabalham mais de oito horas por dia e trabalham sem contrato, quase sempre a recibo verde, ou com vínculos precários.

A situação das classes trabalhadoras nos Açores é um escândalo e, só por si, justificaria a prisão dos actuais e dos passados membros dos governos de Mota Amaral, Carlos César e Vasco Cordeiro.

 

4. Apresente uma ideia para o Pico de acordo com a especificidade da ilha?

Os picarotos precisam, com extrema urgência, do Conselho Político da Ilha do Pico.

Toda a gente sabe que a ilha do Pico, em termos de superfície, é a segunda maior do arquipélago dos Açores, com 447 km2, mas que, em termos de população, é apenas a quarta ilha, com 14 144 habitantes, muito longe de São Miguel, a maior de todas as ilhas e onde hoje residem 137 699 pessoas.

Em termos de riqueza produzida, o Pico contribui para a riqueza de toda a região autónoma com 5,7% do produto, bem atrás do produto interno regional de São Miguel, Terceira e Faial.

Uma ilha tão grande, com tão pouca gente e tão exíguos recursos de terra está, ainda por cima, dividida administrativamente em três municípios: Lajes do Pico, Madalena e São Roque do Pico.

Do ponto de vista político, cada concelho toca a sua viola da terra, mas a ilha, no seu todo, não tem nem viola nem orquestra.

A perder população como efectivamente vem a perder, dentro em breve será mais fácil encontrar um priolo do que um picaroto…

É por isso necessário e urgente que o Pico tenha uma direcção político-administrativa única, o Conselho Político do Pico.

 

Ana Isabel Vieira Cimbron

Mandatária da Lista do Pico

pelo Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses – PCTP/MRPP

 

 

 

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Entrevista de Hélder Furtado ao Jornal Tribuna das Ilhas, no Faial

De Hélder Furtado

ao Jornal Tribuna das Ilhas, no Faial


Hélder Manuel Almeida Raposo Furtado, estagiário administrativo, solteiro, de 25 anos de idade, natural de São José, Ponta Delgada, residente à Estrada 5 de Outubro, na cidade da Horta, é o primeiro candidato da lista do PCTP/MRPP no Faial, lista que ocupa o 10º lugar no respectivo boletim de voto.

 

Entrevista

 

1. Quais são os principais projectos que o seu partido gostaria de ver implementados na Ilha do Faial?

 

Primeiro, uma medida política: a constituição do Conselho Político de Ilha, no Faial e em cada uma das outras ilhas dos Açores. O Conselho Político deveria ser eleito por sufrágio directo, universal e secreto dos eleitores inscritos em cada ilha e teria por função dirigir política e administrativamente a ilha. Uma parte dos poderes conferidos ao governo regional pelo Estatuto Autonómico deveria transitar para o Conselho Político de Ilha; e o governo regional deveria exercer uma tarefa política de coordenação dos Conselhos de Ilha.

Se não se proceder a esta alteração política, seis ou sete das ilhas do arquipélago dos Açores ficarão em breve despovoadas, com os desempregados a fugirem para a emigração.

Para além desta alteração político-administrativa, o nosso mais importante projecto é a ampliação da pista do aeroporto para os 2.500 metros, com nova gare e respectivas instalações, fazendo do actual aeródromo da Horta um aeroporto Internacional, para aterragem e descolagem seguras das modernas aeronaves do tipo dos Airbus 320 e 321. Essa é uma infraestrutura indispensável ao desenvolvimento do turismo do Faial e das ilhas próximas no grupo central.

 

2. Que análise faz ao Faial neste momento?

 

O Faial está em vias de atravessar uma crise muito séria, se não forem tomadas medidas imediatas contra ela.

Como se sabe, a economia faialense assenta no sector primário: na agricultura, na agro-pecuária e na actividade piscatória.

Quanto às pescas, o sistema de quotas imposto pela União Europeia em Bruxelas, sem resistência do governo regional e sem luta do governo da república, tem como consequência que toda a gente pode pescar nos Açores o que quiser, menos os pescadores açorianos. O nosso peixe é roubado pelos espanhóis, franceses e japoneses, sem que tenhamos meios militares, aéreos e navais para nos defendermos dos piratas. Há pescadores açorianos que já foram agredidos dentro das suas próprias embarcações por ladrões de Espanha!

Além disso, a Lotaçor tudo tem feito para que o preço do peixe em lota desça cada vez mais, e seja pago tarde e a más horas, por vezes com três semanas de atraso.

A extinção das quotas leiteiras vibrou uma machadada mortal no leite produzido nos Açores, e a carne de suíno e de vaca não tem compradores compensatórios. Os trabalhadores de todos esses sectores ganham abaixo do salário mínimo nacional e trabalham mais de dez horas por dia, não ganham horas extraordinárias, não têm contratos e a Autoridade para as Condições do Trabalho não fiscaliza os locais de produção.

O governo regional tem de tomar medidas urgentes para apoiar as pescas, a agricultura e a agro-pecuária e garantir os contratos de trabalho e os salários dos trabalhadores.

 

3. As grandes dificuldades económicas que afectam as famílias trouxeram consigo um desalento no que diz respeito à política e isso tem vindo a reflectir-se na mesa de voto. Acha que isso se deve também ao facto do trabalho dos deputados não chegar à população?

 

A comunicação social açoriana, pública e privada, é um desastre em matéria de informação rigorosa e imparcial. Se os deputados não chegam à população, isso é da responsabilidade deles, mas é também da comunicação social. Porém, o desalento do cidadão eleitor no que respeita à política prende-se com o facto de que o partido e os políticos que estiveram no governo, primeiro o PSD e agora o PS, mentem desalmadamente ao povo trabalhador, nunca cumprindo as promessas com que lhes usurpam os votos.

Os trabalhadores açorianos e os pobres dos Açores sabem, por experiência própria, que os governos de Mota Amaral, primeiro, e de Carlos César e Vasco Cordeiro, depois, os têm enganado sempre.

Por isso pedimos ao povo dos Açores que vote no Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), pois o seu voto nunca será perdido.

 

4. Existem projectos para o Faial na gaveta desde sempre… o Estádio Mário Lino, a ampliação da pista do Aeroporto, as Termas do Varadouro, o Parque Tecnológico … vão voltar a estes projectos?

 

Projectos de obras públicas há muitos, mas a maior parte deles não serve para nada, a não ser para acumular dívida externa e interna na Região. E esqueceu-se do projecto do Campo de Golfe… A burguesia capitalista compradora e exploradora açoriana, aliás, não faz as coisas por menos do que um ou mais campos de golfe em cada ilha…

Afora o projecto da nova pista e do aeroporto internacional da Horta, a que já nos reportámos, o resto dos projectos que mencionou não têm utilidade imediata nenhuma.

Os fundos de que o Faial dispuser devem ser concentrados no desenvolvimento do pólo universitário da Horta – o Departamento de Oceanografia e Pescas - que deve assumir as características de um Pólo Universitário aberto a professores e estudantes, mediante concurso público de admissão. O Pólo Universitário da Horta deve propor-se um reporte científico de categoria internacional, na sua missão de ensino, produção e difusão do conhecimento científico na área das ciências e tecnologias do mar.

Quanto ao projecto das Termas do Varadouro, não existe de todo em todo, mas o caso deve merecer outra atenção. Essa pode vir a ser uma importante infraestrutura no domínio do turismo da saúde, o que contribuirá para pôr alguma ordem no futuro desenvolvimento turístico do Faial e arredar o caos e a bagunça que, por causa das viagens low cost (a baixo preço), está a tomar conta do boom turístico de Ponta Delgada.

Mas o projecto das Termas do Varadouro deve ser um investimento privado, depois de se decidir o que se pretende com elas.

 

5. Acha que o Faial deve reivindicar mais protagonismo político?

Do Corvo a Santa Maria, todas as ilhas do arquipélago dos Açores devem ter o mesmo protagonismo político; e é para poder granjear essa igualdade de tratamento que cada uma deve ser dirigida por um Conselho Político de Ilha.

De resto, as ilhas não precisam de ter ou de exibir protagonismos políticos. Têm apenas de produzir riqueza e conceder bem-estar, progresso e igualdade social às suas populações.

 

6. Quais são as expectativas para 2016?

Não são boas nem para o Faial nem para os Açores. Assistir-se-á ao incremento do boom turístico caótico imposto pela ausência total de uma política de desenvolvimento do governo regional, enquanto houver viagens baratas e o sul da Europa e norte de África estiverem sob ameaça dos jiadistas islâmicos.

Quando esse quadro se alterar, os Açores pagarão em falências e desemprego este boom caótico e desorganizado que está a tomar conta de Ponta Delgada e alguns outros lugares.

Conclamamos o vosso voto no Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), o décimo partido no boletim de voto do Faial!


Helder Manuel Almeida Raposo Furtado

1º Candidato da Lista do Faial

pelo Partido Comunista dos Trabalhadores

Portugueses – PCTP/MRPP


 

 

 

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Entrevista de Rocha Pereira ao Jornal o Baluarte de Santa Maria

De Rocha Pereira

ao Jornal o Baluarte de Santa Maria

 

José Rocha Pereira Júnior, casado, de 74 anos de idade, três filhos, controlador de tráfego aéreo, reformado, natural de Nossa Senhora do Rosário, concelho de Lagoa, São Miguel, residente em Vila do Porto, Santa Maria, ilha em cujo aeroporto trabalhou por mais de quarenta anos. Com Pedro Leite Pacheco fundador do PCTP/MRPP nos Açores.

 

Entrevista

1. Numa altura em que a política está desacreditada por parte do eleitorado, o que pode ser feito para aproximar o cidadão desta área?

 

O descrédito da política junto do povo trabalhador, designadamente na ilha de Santa Maria, advém do facto de que o povo sente que os partidos até agora vencedores de todas as eleições disputadas nos últimos quarenta anos nos Açores – o PSD e o PS – usurparam o direito soberano do povo no dia das eleições e, depois, nunca mais tiveram em conta as suas exigências em matéria de liberdade, trabalho, saúde, cultura, bem-estar social, dignidade pessoal e respeito cívico, nem cumpriram as promessas eleitorais efectuadas.

O povo só é cidadão no dia do voto. Daí em diante, ninguém mais se lembra dele, a não ser para aumentar impostos. Enquanto for assim, a política é um descrédito.

 

2. A crise económica continua a assombrar a vida dos portugueses e das empresas, e o desemprego é um problema que afecta diversas famílias. Que comentário tece sobre esta realidade nos Açores e em Santa Maria?

 

Vivemos num sistema de exploração e opressão capitalista, gerador de desemprego, fome e miséria para quem vive exclusivamente do seu trabalho. Esse sistema está podre e moribundo; a crise económica e financeira faz parte integrante deste sistema de exploração e opressão e torna cada vez mais difícil e insustentável a vida dos trabalhadores. É isso que tem levado ao desemprego, á emigração do povo açoriano e à fuga da população de Santa Maria.

Devemos lutar por uma sociedade nova, sem exploração do homem pelo homem, por uma sociedade de iguais. Nós lutamos por essa sociedade e sabemos que ela há-de vir em consequência da nossa luta, da luta de todos nós – e de todos vós também!

 

3.Que propostas defende para Santa Maria, tendo em vista o desenvolvimento económico e a consequente melhoria das condições de vida dos açorianos?


1. O estatuto autonómico tem de ser robustecido, de modo a criar em cada ilha do arquipélago – e, portanto, em Santa Maria também – um Conselho Político, eleito por sufrágio directo, universal e secreto, com atribuições e competências para orientar o desenvolvimento económico, político e social de cada ilha no seu todo, a fim de evitar que as ilhas se despovoem, como está a acontecer agora, e que só não acontece unicamente em São Miguel e na Terceira.

A gestão por concelhos e freguesias não resolve os problemas complexos de uma ilha. Cada concelho toca a sua viola, mas a ilha e o seu povo não têm nem instrumento nem orquestra para tocar a música da ilha.

Mas exigimos mais:

2. O regresso do Tribunal da Comarca para Vila do Porto, donde esse tribunal foi desviado à socapa, tendo em vista acabar com ele definitivamente.

3. A criação de um pólo universitário em Santa Maria, a construir na zona do Porto dos Anjos, e a frequentar por estudantes açorianos, portugueses e estrangeiros.

4. Um centro hospitalar em Santa Maria, como infraestrutura estratégica necessária ao desenvolvimento do turismo, onde os doentes, nomeadamente os marienses, possam ser tratados, sem ter de voar para outras ilhas ou para o continente.

5. O Centro de Controlo Aéreo do Atlântico, que a União Europeia se prepara para roubar a Santa Maria.

6. A requalificação e reutilização do aeroporto de Santa Maria como uma infraestrutura aeroportuária de porta de entrada e de saída dos voos regulares para todo o arquipélago e a utilizar pela transportadora aérea regional nos seus voos regulares a estabelecer com a Madeira, Canárias, Cabo Verde, Portugal Continental e Europa.

7. Decidir-se definitivamente pelas indústrias da pesca e do turismo, como actividades económicas fundamentais para o desenvolvimento futuro de Santa Maria.

8. Reforçar as ligações da ilha com as suas comunidades de emigrantes.

 

4. Quais os objectivos eleitorais?

Queremos ser tratados em igualdade com os outros partidos, tal como mandam as leis, designadamente constitucionais e autonómicas. O nosso objectivo é eleger um dos três representantes dos marienses na próxima assembleia legislativa dos Açores.

 

5. Qual a mensagem que deixa aos eleitores açorianos?

Votem no Primeiro!

José Rocha Pereira Júnior

1º Candidato da Lista de Santa Maria

pelo Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses – PCTP/MRPP

 

 

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Doações para os Açores

Doações para os Açores

As doações de dinheiro dos nossos leitores, simpatizantes ou militantes para custear as despesas da campanha eleitoral do Partido na Região Autónoma dos Açores devem ser feitas por cheque ou por transferência bancária para a conta PCTP/MRPP ALRAA 2016, na Caixa Geral de Depósitos, com o IBAN PT50 0035 0627 00078893 830 95.

21.09.2016

Departamento Financeiro

 

 

 

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Camarada Arnaldo Matos

Camarada Arnaldo Matos

Li no Luta Popular online a extrema falta de dinheiro com que o Partido depara para a segunda fase da campanha política nos Açores e a ajuda de acordo com as disponibilidades pedida aos leitores.

Em Agosto, quando o Partido decidiu concorrer às eleições para o parlamento da Região Autónoma dos Açores, escrevi o que abaixo transcrevo.

A ideia foi de ter um texto muito pequeno que concitasse a reflexão à volta da questão monetária e, em particular, da importância em distinguir a intencionalidade do financiamento. 

A armadilha de fazer crer à população portuguesa de que os dinheiros da CEE, CE e UE eram uma maravilha de promissão e de prazeres sem outro retorno tem hoje o reverso de amargura e dificuldades para os trabalhadores e para o país decorrentes do carácter, natureza de classe e intenção desses financiamentos.

Dada a importância do assunto e a minha tentativa de condensada enunciação ponho à consideração o desafio para multiplicada participação no premente financiamento da campanha - desde já, e pela minha parte, escrevendo (conforme segue) e subscrevendo (mal for organizada a recepção do dinheiro).

 

Dinheiro para mais dinheiro:

Não para mais ter

mais tirando.

Mas para mais ter

mais dando!

(A economia operária

é muito melhor

do que a economia

burguesa!).

 

RAA, Agosto 2016

Pedro


 

 

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