Eh, Predadores!…
Agora que os gritos das dores de parto
Nos atordoam os ouvidos…
E o ar que respiramos
Infectado pelo odor repelente
Da apodrecida placenta
Nos sufoca
Agora que chapinhamos enojados
No atoleiro deixado pelo parto consumado…
E à nossa volta os gaviões
De mandíbula afiada
Se repastam em grande banquete
Agora…
Já não há mentira que esconda
A crise que abala a estrutura!
Mas a ignorância
Ainda acredita nos curandeiros
E os imbecis utilizando a receita
Não se fazem rogados…
Há que rir e distrair…
Ir ao espectáculo!
Há que ver a comunicação…
Ficar chocado com a devassidão!
Há que olhar o espelho e ficar excitado…
Esquecer a moral e os costumes
E fazer-se debochado!
Há que ignorar...
O país a definhar
E deixar a usura continuar a engordar!
Mas se sois tão fracos
Ao ponto de vender a dignidade
Da vossa condição…
Aos esplendores da degradação
Então não existe a mais pequena esperança
Para as vossas pobres cabeças…
Mergulhadas na obscuridade dos céus
Que envolvem o Paraíso dos Assassinos!
José Cruz
Eh, Predadores!…
Agora que os gritos das dores de parto
Nos atordoam os ouvidos…
E o ar que respiramos
Infectado pelo odor repelente
Da apodrecida placenta
Nos sufoca
Agora que chapinhamos enojados
No atoleiro deixado pelo parto consumado…
E à nossa volta os gaviões
De mandíbula afiada
Se repastam em grande banquete
Agora…
Já não há mentira que esconda
A crise que abala a estrutura!
Mas a ignorância
Ainda acredita nos curandeiros
E os imbecis utilizando a receita
Não se fazem rogados…
Há que rir e distrair…
Ir ao espectáculo!
Há que ver a comunicação…
Ficar chocado com a devassidão!
Há que olhar o espelho e ficar excitado…
Esquecer a moral e os costumes
E fazer-se debochado!
Há que ignorar...
O país a definhar
E deixar a usura continuar a engordar!
Mas se sois tão fracos
Ao ponto de vender a dignidade
Da vossa condição…
Aos esplendores da degradação
Então não existe a mais pequena esperança
Para as vossas pobres cabeças…
Mergulhadas na obscuridade dos céus
Que envolvem o Paraíso dos Assassinos!
José Cruz
JUNHO19