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INTERNACIONAL

Não creiam os meus estimados leitores e leitoras – e em especial, não o creia o velho companheiro Lúcio – que invento os disparates teóricos, políticos e ideológicos da canalha franco-belga que assinou a Declaração Conjunta de 17 de Novembro de 2015. Eu cito-os uma vez mais, para que não tenham nenhuma dúvida em acreditar-me:

“Este aumento de agressividade – referem-se eles aos ataques de Paris – não é de modo nenhum ‘anti-imperialista’ (estas aspas são deles, declarantes conjuntos) mas somente (aqui os negritos são meus) o produto da crise do capitalismo e a tendência consecutiva da guerra imperialista. É absolutamente lógico – ah, a lógica destes badiouistasque o feudalismo não possa avançar senão onde as contradições inter-imperialistas forem as mais fortes, como em África e no Médio Oriente”.

Eu sei que a leitora e o leitor não entendem, mas a culpa não é minha. O que estes vendilhões do marxismo-leninismo-maoismo no mercado francês e belga pretendem dizer--nos é isto: os ataques a Paris não são anti-imperialistas, mas o produto da crise do capitalismo e a tendência consecutiva da guerra imperialista… Então: são ou não são anti-imperialistas?!... Não, não são, acodem eles: são o produto do feudalismo… Assim, a classe operária francesa e belga é chamada a lutar contra o feudalismo (!...), não contra o capitalismo nem contra o imperialismo… Será que teremos de lembrar a estes cretinos conjuntos ou conjunto de cretinos que já não há feudalismo, nenhum sistema de produção feudal nem na Europa nem no Médio Oriente nem aliás no Mundo? Onde é que viram eles, esse sistema de produção feudal no Catar actual?

O Catar é o país mais rico do mundo, ou seja, com o maior produto interno bruto per capita: 102 000 dólares por pessoa e por ano, em média. É isto feudalismo?

O emirado do Catar tem uma população de 2 milhões de habitantes, dos quais 1,5 milhões são trabalhadores migrantes. Trabalhadores migrantes, pagos com um salário correspondente à venda da respectiva força de trabalho, uma relação de produção e de troca fundadora do sistema de produção capitalista e não do sistema de produção feudal. É isto feudalismo?! Os declarantes conjuntos confundem o regime político reinante – uma monarquia absoluta –, com o sistema de produção e de troca dominante, porque este é um sistema de produção e de troca capitalista, com uma burguesia compradora como classe dominante (e reinante)…

Permitam-me os meus dilectos leitores e leitoras que vos patenteie a tradução de dois pequenos parágrafos em que os marxistas-leninistas-maoistas franceses e belgas lambem as botas ao imperialismo, como reles lacaios sem vergonha. Dizem os declarantes conjuntos:

“Queremos igualmente sublinhar que esta tendência – a tendência do regresso ao feudalismo - está cheia de contradições, pois depende em substância do desmoronamento do capitalismo.

De um lado, a França luta no Mali contra os islamistas, que são apoiados pelo Catar. Do outro lado, a França abre as portas ao Catar pelo ângulo da exoneração de impostos e dum largo apoio político. O Catar comprou imobiliário de luxo, hóteis, o clube de futebol Paris Saint Germain, faz valtuosos investimentos em grandes empresas francesas (EADS, Suez, Lagardère, Veolia), enquanto que a França se tornava no maior fornecedor de armas do Catar. Bolsas de estudo, prémios culturais de 10 000 euros, etc., são igualmente distribuídos pelo Catar. Estas contradições práticas existem também no campo ideológico (…).”

Reparem bem os leitores e as leitoras nesta linguagem de lambe-botas do imperialismo francês, posta em Declaração Conjunta pelos auto-proclamados marxistas-leninistas-maoistas franceses e belgas: “A França luta no Mali contra os islamistas”…

Toda a gente sabe, menos os lacaios m-l-m da Gália e da Flandres, que não é a França, mas o imperialismo francês que, com as suas tropas, invadiu o Mali e o ocupou, contra a vontade do povo muçulmano do quinto maior país da África, rico em ouro, e o terceiro mais rico em urânio, de que a França não dispõe no seu território europeu.

Ora as forças militares do imperialismo francês não lutam contra os islamistas: agrediram e ocuparam o território do Mali e estão a ser escorraçadas pelo povo do Mali, maioritariamente muçulmano. Os islamistas do Mali é que lutam corajosamente contra o atacante imperialista francês!

Os patifes que se apresentam na Declaração Conjunta como marxistas-leninistas-maoistas ocultam que o moribundo imperialismo francês já interveio quarenta vezes, nos últimos cinquenta anos, contra países africanos independentes, sendo o único país colonial que mantém sob o seu controlo militar todas as suas antigas colónias africanas, com excepção de Marrocos, da Argélia e da Tunísia.

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Comentários   

 
# Quibian Gaytan 20-05-2016 06:34
Saludos comunistas,
Tengo a bien informarles que, en entrada del blog Luminoso Futuro del 20 de febrero de 2016, hemos publicado bajo el rubro Partido Comunista de los Trabajadores Portugueses: MENSAJE DEL CAMARADA ARNALDO MATOS AL CAMARADA LÚCIO su desenmascaramie nto de los reclamados Marxistas-Lenin istas-Maoístas franceses y belgas. De seguido el enlace: https://drive.google.com/file/d/0Bwo68T7ecF55NzhsRTRCaU9jYkk/view?usp=sharing
 

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