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INTERNACIONAL

O revisionismo no poder é o social-fascismo no poder - Conclusão

Conclusão

A luta dos mineiros da África do Sul, em particular a das minas de platina da região de Rustenberg, está em pleno desenvolvimento. É uma luta heróica na qual, em circunstâncias muito difíceis, os trabalhadores dispõem de instrumentos organizativos muito incipientes, enfrentando com os mesmos um poder capitalista e repressivo capaz de todas as malfeitorias e atrocidades.

Os contornos, a natureza e o alcance desta luta, bem como o papel dos protagonistas na mesma, poderão ser melhor compreendidos à medida que ela prossegue, havendo que ir realizando a respectiva análise e o respectivo balanço. Mas é já visível o forte poder de demarcação de campos que estes acontecimentos vêm exercendo. O massacre de Marikana entrou já na história da luta de classes como um dos episódios mais sangrentos e revoltantes de repressão sobre uma greve de trabalhadores, a qual é totalmente justa e legítima e merece o apoio de qualquer trabalhador informado e consciente. Os mineiros de Marikana e os demais trabalhadores das minas sul-africanas em luta destacam-se também no movimento operário internacional como um dos sectores mais combativos e audazes na luta contra o capital.

No plano interno português, os comunicados, primeiro da Intersindical e depois do PCP, sobre o massacre de Marikana e sobre a luta dos mineiros que o fez desencadear, exprime bem o poder de demarcação atrás referido. O PCP abstém-se de denunciar o massacre, que designa de “trágicos acontecimentos”, e limita-se a condenar “a violência ocorrida, nomeadamente (sic) das forças policiais”. Para além disso, o PCP reproduz a posição do sindicato ligado ao regime sul-africano, o NUM, de não apoiar a greve dos mineiros e de se preocupar apenas com o “divisionismo e a provocação”, numa alusão ao sindicato que, neste caso, se opõe àquele sindicato do regime. A Intersindical vai um pouco mais longe na denúncia da repressão policial, mas adopta a mesma posição do PCP no que diz respeito à luta dos trabalhadores e ao sindicato do regime, citando várias passagens dos textos dos provocadores da direcção do NUM.

Há que denunciar com firmeza estas posições do PCP e da Intersindical. Convicto de exprimir o sentir da maioria dos operários e trabalhadores portugueses, o PCTP/MRPP exprime o seu firme e total apoio à actual luta dos mineiros da África do Sul e condena veementemente o bárbaro massacre organizado e dirigido pelo governo da África do Sul, com a conivência completa das organizações sindicais sul-africanas que apoiam esse governo.

Viva a heróica luta dos mineiros sul-africanos!

Abaixo a criminosa repressão do governo da África do Sul sobre os trabalhadores em greve!


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