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Partido

Desmascaremos os Liquidacionistas,
para Construirmos um Partido Comunista Operário

O desmascaramento e a correcta caracterização do liquidacionismo como corrente que transformou o Partido numa organização, ou antes, num bando pequeno-burguês, desprezando os operários e o marxismo, só pode ter êxito se os operários puderem compreender e alcançar a verdadeira natureza e perigosidade dessa corrente para o sucesso da revolução proletária, designadamente, a partir da denúncia da actuação dos seus principais cabecilhas e cúmplices.

Há um facto que ninguém pode iludir ou refutar – o Partido que, desde a demissão do camarada Arnaldo Matos dos cargos de direcção e posteriormente de militante do Partido, chegou até 4 de Outubro de 2015, não só não tinha nada a ver com um partido marxista como os membros do seu comité central se preparavam para enterrá-lo definitivamente, impedindo que pudesse vingar a linha política, teórica e organizativa revolucionárias defendida pelo camarada Arnaldo Matos, em particular, através das suas intervenções públicas e dos artigos publicados no Luta Popular Online.

Sem pôr de lado a responsabilidade de todos os membros do comité central do Partido e do seu comité permanente, pela cumplicidade e cobardia que demonstraram, Garcia Pereira foi quem se evidenciou na forma mais oportunista de liquidar o Partido, aproveitando-se para fins pessoais e profissionais da projecção que foi alimentando no Partido e do relacionamento próximo com o camarada Arnaldo Matos.

Uma das manifestações desta atitude anti-Partido que caracterizou bem a sua linha oportunista foi a de, contando com a dócil colaboração de Conceição Franco e dos restantes membros do comité central, ter tomado por ele a decisão de se candidatar a bastonário da Ordem dos Advogados sem dar cavaco nem consultar ninguém previamente e limitando-se depois a comunicar essa decisão ao comité central, sabendo que, para além de se tratar de um acto liquidacionista, caso fosse eleito, isso representaria o seu corte com o Partido.

O que os documentos agora reproduzidos no artigo do camarada Frederico permitem clarificar de forma eloquente é, desde logo, o seguinte:

1. Já vinham pelo menos de 2013 as críticas e denúncias do camarada Arnaldo Matos à conduta liquidacionista e oportunista do Garcia Pereira, sempre cada vez mais manifestamente interessado em municiar-se junto do camarada com as posições sobre as questões políticas nacionais e internacionais para as papaguear como suas onde lhe conviesse, sem nunca referir a paternidade das ideias que expendia.

2. A forma rigorosa, sem cedências, firme e politicamente correcta como o camarada Arnaldo Matos responde e desmascara a natureza de classe mais profunda dos problemas levantados de forma oportunista pelo Garcia Pereira - desmistificação aquela visando a defesa dos interesses e da ideologia da classe operária e de uma organização comunista – constitui um exemplo da vigilância revolucionária relativamente aos sinais do liquidacionismo e do abandono da revolução.

Para Garcia Pereira, o trabalho de direcção do Partido tinha de adaptar-se aos seus interesses particulares, profissionais e familiares, achando que os seus problemas se tinham de sobrepor aos dos outros camaradas, chegando ao ridículo de, em determinada altura, ter colocado como centro de todas as preocupações para os restantes dirigentes a saúde de sua mulher, convidando-os a visitá-la no hospital…

A verdade é que, ao contrário das críticas de que Garcia Pereira estava a ser alvo por parte do camarada Arnaldo Matos, e cujo conteúdo escondia do Partido, os membros do comité central e, em particular, do seu comité permanente, nunca se demarcaram nem muito menos denunciaram os comportamentos anti-Partido do liquidacionista Garcia Pereira.

Quantas vezes Garcia Pereira não monopolizou as reuniões com os seus problemas pessoais e profissionais, tentando que o Partido fosse levado a resolvê-los prioritariamente, como se muitos dos restantes camaradas não estivessem em condições muito piores, designadamente em termos económicos, do que as dele?

Garcia Pereira tornou-se um homem de duas caras – por um lado, aparentava dar a entender ser um marxista e, por outro, cultivava e tentava impor uma prática pessoal pequeno-burguesa e egocêntrica em tudo oposta à de um comunista, usurpando para isso a direcção do Partido.

Mas, mesmo confrontados com estas evidências e alertados pelas tomadas de posição do camarada Arnaldo Matos, os membros do comité central acobardaram-se e deram-lhe toda a espécie de cobertura, como aliás reconhecem na Resolução do comité central de 4 de Setembro de 2015, mas sem nunca adoptarem as medidas radicais que se impunham, designadamente, denunciando a sua conduta oportunista e traidora em todo o Partido e junto dos operários, para com quem, aliás, Garcia Pereira sempre manifestou altivez, sobranceria e incómodo no respectivo relacionamento político.

Garcia Pereira comportou-se como um oportunista e liquidacionista, escondendo-se sob a capa de advogado de causas com que era incensado pela burguesia. Só que nessas causas não se contava a que exigia maiores sacrifícios e rupturas com a ideologia e modo de vida pequeno-burgueses, a causa do marxismo e do comunismo, a causa da revolução proletária.

Numa altura em que a classe operária e os verdadeiros comunistas estão a ser objecto de tentativas de silenciamento por parte das forças imperialistas, dos seus agentes e lacaios liquidacionistas e dos partidos oportunistas que sustentam o governo de direita, é preciso impedir que, na construção de um novo partido comunista operário, indivíduos como Garcia Pereira possam enganar de novo os trabalhadores.

 

03.08.2016

Carlos Paisana

 

 


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