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A Cobardia de Garcia…

Na edição de sábado passado, dia 17 de Setembro, a jornalista Ana Dias Cordeiro e o jornal Público ressuscitaram a notícia da morte do soldado comando Joaquim Bastos, ocorrida há 28 anos no Hospital de Abrantes, na sequência do octogésimo nono curso de comandos, realizado então no Campo Militar de Santa Margarida.

O soldado Joaquim Bastos, de 22 anos de idade, morreu no dia 14 de Abril de 1988, e, durante o mesmo exercício de três dias, morreu também, diante dele, o seu camarada e amigo Luís Barata.

Foi instrutor do inquérito o general Fausto Marques, e era na altura ministro da defesa o engenheiro Eurico de Melo, num governo de Cavaco.

Eurico de Melo, sem sequer o ler, passou o inquérito ao presidente da assembleia da república, não se sabe a que propósito, e o caso morreu por ali, sem que as famílias dos mancebos soubessem o que se passara.

A notícia acrescenta que o pai do soldado Joaquim Bastos contratou o advogado Garcia Pereira para esclarecer o assunto, mas que o advogado desistiu da causa por ter encontrado “sempre obstáculos”. Sem conseguir aceder aos documentos por alegada confidencialidade.

“Com efeito – justificava-se Garcia perante os pais do soldado morto – não é fácil transpor as complicadas malhas das teias militares, tanto mais quando se pretende esclarecer situações duvidosas e que, a serem descobertas as causas, podiam fazer rolar algumas patentes.”

Garcia, que tem sido ultimamente serventuário do Público, escusou explicar o caso à jornalista do Público e ao seu novo comanditário Belmiro.

A explicação avançada por Garcia aos pais do soldado morto é de uma cobardia extrema: Garcia sabia, mas escondeu-a aos seus constituintes e pais do morto, que tinha meios judiciais para obrigar as autoridades militares a dar-lhe a conhecer o inquérito e a mover o ministério público a averiguar da morte dos soldados. Porque não o fez?!

E é muita cobardia e extrema deselegância dar ele a entender às pessoas fragilizadas, como são os pais do soldado morto, a ideia de que ele, Garcia, não gostaria de fazer rolar algumas patentes.

Em 1988, estava este cobarde no Partido, a esportular almas penadas de dor e de desespero.

Altas patentes? Porque é que as não denunciou? Não foi precisamente para isso que lhe avançaram honorários os pais do soldado morto? Então um advogado abandona os seus constituintes quando está colocado perante o dever de denunciar as altas patentes? Que canalha é este que se passeou no interior dum partido comunista?

E porque se escusou, 28 anos depois, a esclarecer a verdade dos factos num jornal que o vem trazendo ao colo quase todos os dias?

É um cobarde deste que já pretendeu candidatar-se a bastonário da Ordem dos Advogados?

 19.09.2016

A Redação

 

 

 


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