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LAGARDE EM PORTUGAL E NO CONSELHO DE ESTADO 

UMA ABJECTA PROVOCAÇÃO

 

Confrontado com o facto, já a esta hora teria o nosso camarada Arnaldo Matos agarrado na caneta e escrito de supetão um tuíte a arrasar a provocação que constituiu o convite de Marcelo à Directora-Geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), a senhora Lagarde, para, em pleno período eleitoral, vir tentar ditar de novo a política económica do País, participando no Conselho de Estado realizado ontem.

Quanto à natureza do Conselho de Estado, já o camarada Arnaldo Matos, no seu artigo Conselho de Estado ou Conselho Superior da Direita?, publicado no Luta Popular Online, em Julho de 2014 http://www.lutapopularonline.org/index.php/pais/104-politica-geral/1176-conselho-de-estado-ou-conselho-superior-da-direita), a caracterizava muito clara e correctamente: o Conselho de Estado foi concebido, não para ser o conselho lagardesuperior da direita falangista portuguesa (estávamos sob o domínio da Tróica, das Senhoras Lagarde e Merkel, e do fascista Cavaco e seu correligionário Passos Coelho), mas para representar, com algum equilíbrio, as correntes políticas que constituíssem o tecido democrático nacional; porém, e muito rapidamente, transformou-se num poderoso órgão da contra-revolução. E é na verdade o que Marcelo continua a fazer dele. 

Convidar para marcar a discussão do Conselho de Estado sobre a política económica mundial e de Portugal a chefe da mais odiosa e odiada organização do imperialismo que é o FMI, que encabeçou a ocupação do nosso País pela Tróica juntamente com a União Europeia da Senhora Merkel, não deixa de ser um insulto aos trabalhadores e ao povo português, vítimas de despedimentos em massa, roubo dos salários e pensões nunca reembolsado, cortes brutais no orçamento de serviços públicos essenciais, como o da Saúde, que provocou a miséria e a morte de muitos cidadãos por falta de assistência ou do mínimo de sobrevivência.

Com esta iniciativa, Marcelo, que já na presidência de Cavaco fora por este escolhido para seu conselheiro e aí deu cobertura à política de traição nacional prosseguida pelo governo de Coelho/Portas, não consegue reprimir o que nele se esconde de mais profundo, o de ser um lacaio do imperialismo.

E fá-lo agora com um apoio reforçado por parte dos traidores do PCP e BE, representados pelos bem aprumadinhos e respeitáveis conselheiros de Estado Francisco Louçã e Domingos Abrantes que, não só participaram nesta humilhante e vergonhosa provocação, como muito reverentemente cumprimentaram a mandatária do imperialismo mundial.

Em boa verdade, nunca o PCP nem o BE estiveram verdadeiramente empenhados em derrubar o governo de traição nacional Coelho/Portas, repudiar a dívida e correr com o FMI, mas apenas em chegar às eleições e através delas partilhar o poder com os sucessores da Tróica.

Com canalha desta, nada há a esperar e nunca muito menos nela votar!

Paulo

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