Partido

As ilusões de sucesso do governo de Costa e suas muletas!

Confrontados com a acusação de nepotismo que decorre da denúncia de dezenas de ligações familiares no seio do governo, executivo que só subsiste graças à preciosa ajuda e colaboração das muletas de PCP/BE/Verdes;

ilusoesAcossados pelo registo do maior número de pré-avisos de greve de que há memória recente e não conseguindo descolar das sondagens que, apesar das sucessivas “vitórias” anunciadas, seguidas de múltiplas inaugurações de “obra” feita, os atiram, para um “poucocinho” sucesso eleitoral, o governo do PS e particularmente António Costa – o verdadeiro vendedor de banha da cobra – tiraram da sua cartola novas cartas que julgam ser de trunfo.

A cartada do desemprego, anunciando um registo histórico de 6,3% só alcançado em 2002, escamoteia o facto de que, apesar da aparente redução da taxa de desemprego, a precariedade do vínculo laboral tornou-se cada vez mais acentuada. Isto a par, claro, de um intencional mascarar da situação real do desemprego.

A alteração dos critérios estatísticos que levam à exclusão dos:

levam à exclusão das estatísticas oficiais de outras realidades do desemprego, propositadamente ocultadas, para que o governo saia bem na fotografia do desemprego. A realidade da situação do desemprego em Portugal é, pois, muito maior do que aquela que o governo ora enuncia.

A cartada do défice com a qual tentam mascarar uma outra e dramática realidade, isto é, a de que tal redução se deveu, por um lado, ao aumento brutal da carga fiscal que foi de 4,4%, registado no ano passado, correspondendo em finais de 2018 a 34,5% do PIB, o que a torna o maior aumento que se regista em Portugal desde 1995.

Da cartola saiu, também, como por passe de magia saloia, o novo tarifário para os passes chamados sociais, uma das maiores manobras de manipulação e engodo levadas a cabo por Costa e Centeno, com o aplauso, uma vez mais, das muletas do PCP/BE/Verdes, que só lamentaram que tivesse sido tão tardia a aplicação de tal medida.

Criaram a ilusão de um benefício para os utentes dos serviços municipais e intermunicipais de transportes, quando o que de facto, e potencialmente, criaram foi uma plataforma geradora de renda perpétua para os operadores de transportes que decidiram, de imediato, aderir a tal plataforma. Ou seja, uma PPP que em nada se distingue das que já existem e que PS, PCP, BE e Verdes tanto aparentam criticar.

Claro que a medida aparentemente recolhe a adesão dos trabalhadores e utentes dos transportes públicos, pois estes sentem, no imediato, uma alegada melhoria do seu orçamento familiar, dada a redução em causa.

A manterem-se, estas novas tarifas dos passes sociais implicarão, segundo alguns especialistas, numa quase triplicação da procura. Isto é, o presente envenenado começará dentro em breve a fazer efeito.
A falta de investimento – quer no sector público, quer no sector privado dos transportes -, irá provocar certamente uma confrangedora falta de meios de transporte para a procura que se espera. Seguir-se-ão as quebras de conforto e segurança e o risco de acidentes crescerá exponencialmente.
Com rotas por traçar e assegurar – particularmente ferroviárias -, equipamentos obsoletos, falta de meios de transporte – sobretudo rodoviários e fluviais -, o alegado benefício em breve transformar-se-á em caos e desespero para os trabalhadores e os elementos do povo que aos transportes públicos tiverem de recorrer. 

Mas, como o estado não gera nem dinheiro, nem riqueza, apenas cobra impostos e decide como os distribuir na Lei Geral do Orçamento de Estado, o dinheiro que servirá para pagar esta redução virá dos bolsos dos contribuintes. 

Ou seja, estamos perante uma quadratura do círculo. Paga-se menos pelo título do transporte, mas obtém-se menos em saúde, educação, habitação, assistência social. E, os exemplos de que isto acontecerá são inúmeros. Veja-se o que disse o governo a propósito das justas reclamações de enfermeiros, auxiliares de enfermagem, diagnóstico, médicos e professores, etc.

Que o orçamento de estado não podia comportar a despesa que a satisfação das suas justas reivindicações acarretaria. E o mesmo irá acontecer com os 80 milhões de euros que estão inscritos para o orçamento de estado de 2019 destinados a cobrir este “benefício” e os 120 milhões que estão previstos para 2020, com os quais o governo tentará “justificar” cortes orçamentais para outras áreas sociais e o sistemático recurso às “cativações”.

Mas já pode comportar alegados empréstimos a bancos falidos como o Novo Banco!!! E a verdade é que, apesar de todas estas cartadas com que Costa e o PS se auto-elogiam, com os salários praticados actualmente e a subida do custo de vida, os trabalhadores no activo tornaram-se ainda mais pobres e os portugueses, de acordo com dados do INE, viram o seu poder de compra regredir aos níveis do ano de 2009. O que torna a chamada “reposição de rendimentos” uma autêntica falácia e o milagre da multiplicação uma mera e confrangedora ilusão!

Actualizado

1ABR19

LJ