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NO RESCALDO DA GREVE DOS MOTORISTAS

No rescaldo desta greve, e perante o susto que ela provocou nas hostes do governo e das suas muletas, surgiram várias teorias sobre o sindicalismo e o no rescaldo da greve dos motoristasexercício do direito à greve, quase todas reaccionárias, anti-operárias e anticomunistas, algumas delas, diga-se, do agrado dos social-fascistas. 

A propósito, não é de mais salientar a conduta exemplar do partido de Barreirinhas Cunhal/Jerónimo/Arménio, na defesa do governo perante as críticas do CDS e PSD, mas sem uma única palavra de condenação da requisição civil e da repressão policial e intervenção militar, desencadeadas por António Costa, ou de apoio sequer à luta dos motoristas que escapou ao controlo responsável e civilizado da Intersindical. 

E nunca será de mais também relembrar – agora que estamos em maré de comemorar a revolução de Abril – que são da autoria do companheiro Vasco a Lei anti-greve e da requisição civil, diplomas que continuam a fazer jeito aos socialistas e ao seu aliado revisionista, como aconteceu recentemente com a greve dos estivadores. 

Mas, uma das teorias que surgiu, expendida por luminárias como o jornalista de merda Daniel de Oliveira, é a de que só devem ser permitidas greves naqueles sectores de cuja actividade não haja muitas pessoas dependentes e que não ponham em causa a economia nacional, ou em que os trabalhadores abrangidos pela greve seja em número razoável, no caso sempre mais do que uns perigosos 800 motoristas. 

O escriba Oliveira faz assim coro com toda a canalha reaccionária que se borra de medo quando uma luta de oito centenas de trabalhadores faz tremer o mundo dos capitalistas e o conforto das suas carpideiras pequeno-burguesas. O que não será, quando existir um verdadeiro movimento sindical revolucionário!! 

No fundo, toda esta gente aspira a que greves só as convocadas pela Intersindical e a UGT – aí, nunca haverá o risco de o país parar ou os jornalistas de merda serem privados do combustível para ir passear e gozar uma santa Páscoa. 

Quem agora também se desmascarou para passar a fazer parte deste clube foi o inefável Francisco George, patrão da Direcção-Geral de Saúde durante doze anos e lacaio dos governos de Santana Lopes, Sócrates, de Coelho/Portas e, como não podia deixar de ser, do Costa. 

Diz o Francisco George, militante do PCP quando, estudante, foi derrotado pelo MRPP nas eleições para a cooperativa livreira universitária Livrelco, que deviam ser proibidas as greves dos médicos e dos enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde, porque o patrão não é o doente. 

Portanto, greves no Serviço Nacional de Saúde só aquelas em que sejam prejudicados os ... patrões doentes ou os doentes patrões. 

Mesmo que os governos dos patrões que o George serviu caninamente tenham passado a obrigar os médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde a trabalhar mais de 50 horas e, com isso, ponham em risco a saúde e a vida dos doentes, ou que estes tenham de esperar meses e anos por uma consulta (o que para um dos responsáveis das vítimas das salmonelas é de somenos importância, desde que o dia da consulta não calhe num dia de greve). 

19ABR19

                                                                                                            Paulo

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