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Abuso de poder, calculismo eleitoral e cobardia política!

Quando o abuso de poder se casa com a cobardia política e o calculismo eleitoral, assistimos a um miserável espectáculo como o que levou alguns inspectores da Autoridade Tributária (AT), respaldados na segurança repressiva financasprestada por agentes da GNR, a levar a cabo uma operação a todos os títulos tenebrosa, ilegal e inconstitucional, como foi a da operação stop do passado dia 28 de Maio , em que dezenas de condutores foram abordados e mandados parar, desde as 8 horas da manhã, para serem verificadas alegadas dívidas fiscais e imposto o seu pagamento em caso de elas existirem ou, em alternativa, e por falta de pagamento, a apreensão e penhora imediata das viaturas em que se deslocavam. 

A data escolhida, não certamente por acaso, está ligada a um evento histórico em que o povo português foi sujeito a uma ditadura fascista que lhe roubou a liberdade e a democracia e atirou o país para uma guerra colonial que ceifou milhares de vidas a operários, camponeses e elementos do povo, e em que o abuso de poder foi uma marca de regime que, ainda hoje, se faz sentir, porque no dia 25 de Abril de 1974, não houve a coragem de destruir na raiz o regime fascista então formalmente derrubado. 

Neste contexto, não seria, pois, de esperar, senão pelo recorrente abuso de poder, por parte de quem, na Direcção Geral de Finanças da Zona Norte, não só cauciona, como planeia este tipo de operações. E uma confrangedora cobardia política por parte de um secretário de estado e de um ministro das finanças mentirosos, que alegam desconhecimento de tal operação – quando, anteriormente, já haviam ocorrido 5 outras operações do género na mesmíssima zona -, anunciando terem dado ordem para que um inquérito sobre quem, baseado em que enquadramento legal e em que condições, tomou tal iniciativa. E, claro está, já todos sabemos o destino que estes inquéritos levam! 

Perante os “poucochinhos” resultados obtidos nas recentes eleições europeias, que registaram uma abstenção recorde de cerca de 70% - isto é, umas eleições em que o PS venceu com os votos de 10,33% dos eleitores inscritos – vem ao de cima o calculismo eleitoral, já a pensar nas legislativas que terão lugar em Outubro próximo. 

Pois é! Para alimentar a fogueira de uma dívida impagável, imposta pela UE e pelo euro, os operários, os trabalhadores e o povo português já descontaram tanto, tanto, tanto – praticamente 4 vezes mais daquilo que devíamos ter descontado -, que se entrou no osso do trabalhador e, agora, de todo e qualquer contribuinte – sobretudo daqueles cujo rendimento advém da venda da sua força de trabalho. Como sempre denunciámos, é insaciável a ganância dos credores. Agora, para além de imporem o maior registo de cobrança fiscal desde 1995 – 35,4% do PIB -até já vale, também, o assalto à mão armada, em plena estrada!

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