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CORRESPONDÊNCIAS

LAUAK – embolsar subsídios para criar postos de trabalho, mas proceder a despedimentos!

LAUAK – embolsar subsídios para criar postos de trabalho, mas proceder a despedimentos!

lauak 2Os burgueses proprietários da LAUAK, depois de terem arrecadado cerca de 8 milhões de euros de apoios comunitários, em última instância pagos com os impostos de quem trabalha, para a criação de cerca de 300 postos de trabalho, avançaram com um despedimento colectivo de 197 trabalhadores.

Esta decisão é coerente com o seu historial de descaso para com os mais elementares direitos laborais conquistados, nomeadamente a recente imposição de trabalho nocturno sem compensações, a retirada do sábado, enquanto dia de descanso e as tentativas de impedir a livre adesão a sindicatos, através de recorrentes ameaças de despedimento.

Os aumentos salariais que tiveram lugar no início do corrente ano, que, diga-se em abono da verdade, ficaram reduzidos a nada depois de sujeitos a impostos e à inflação, poderiam iludir os mais incautos, levando-os a pensar que os sindicatos oportunistas e conluiados com o patrão, teriam finalmente negociado um acordo que respondesse, ainda que minimamente, aos interesses dos operários e técnicos da LAUAK.

lauak 3O actual quadro de despedimento colectivo veio demolir quaisquer ilusões a esse respeito. Agora que seria necessária uma postura forte e combatente, que unisse os trabalhadores em torno da defesa dos seus postos de trabalho, dos seus salários e das suas condições de laboração, os sindicatos de sempre desdobram-se nas desculpas do costume e quem sofre são aqueles que vão para a fila do desemprego e os que, não sendo despedidos, vêem a sua posição e capacidade de defesa dos seus interesses, fragilizada.

Os trabalhadores que mantiveram o seu posto trabalho, poderão ser levados a considerar que o melhor será “baixar a cabeça”, para não pôr em risco o seu, já de si precário, emprego. Não devemos cometer esse erro. Como diz, sabiamente, o povo, “quanto mais te baixas...”.

Necessitamos de um sindicalismo de classe, que não ceda à burguesia patronal, que defenda única e exclusivamente quem trabalha, que saia da defensiva e passe ao ataque. Se assim não se proceder, os trabalhadores, no que do patrão depender, ainda darão por si a ter que pagar para trabalhar.

O Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses apoia e sublinha a urgência na constituição de organizações representativas, capazes de fazer face à crise que se avizinha, que continuará a atingir duramente quem trabalha.

18Jun2020

JC
O nosso correspondente no Pinhal Novo

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