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CULTURA

Os “Oteleiros”

Os “Oteleiros”

I

De escola capitão
A 3 estrelas mandão
Aqueles abraços a Spínola
Ao irmão facínora
Mostravam o estratega
Silenciados os massacres
Guerra de patentes lucrativa
Como de raiz perdida
Sabendo a falta de razão
Prevendo a retirada em confusão
Urdiram uma testa de capitães
Até aí ignorado o choro das mães
Bora lá soldadesca das armas
O regime tem de ser refrescado
Sabia o capitão e não o soldado
E se o fascismo tremeu
O fascismo não cedeu
Pedia Marcello um chefe
Saraiva Otelo não o era
E Marcello jogava
O telefone de Spínola tardava
Como o desenlace esperava
Veio a luz de tanta espera
Poupados em garantias
Os capitães das mordomias
Gritaram victória
Enganando a História
Quando a desobediência na rua
Escreveu a memória

II

Senhor da “Revolução”
No COPCON pensou
Irmão de abraço de Spínola
Com Gonçalves tramou
Andam aí uns marxistas
De foice e martelo
Falam de acabar a exploração
Ò Gonçalves jogamos-lhes a mão
Que preguem na prisão
E se onda não esperavam
De Norte a Sul gritou-se Liberdade
Trauliteiros não calam a verdade
Com um 18 de Julho portentoso
Ficou atordoado o círculo mafioso
E se ao subterrâneo baixaram
E um novo golpe desenharam
A História deu-lhes o pontapé
O Gonçalves viveu da pensão
E o Saraiva de pistola na mão
Seguido de pistoleiros em nova fé
Os tais “ML” de charros urbanos
E muitos charutos cubanos
Esbarraram no ódio popular
Do povo que não se deixa enganar

 III

Morto o pistoleiro artista
E o que foi Primeiro social-fascista
Ouve-se ténue saudosismo
Ligou-os o ódio ao Comunismo
Pobres bichos da terra
Não comam as ideias putrefactas!

Jul2021

Alberto de Sousa

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