Partido

A Luta Contra o Liquidacionismo e a Salvaguarda do Órgão Central

Nos últimos dias, sobretudo após a formação do Comité Distrital de Lisboa, o Partido, a sua direcção e o Órgão Central, o Luta Popular online, têm sido alvo do mais vil e traiçoeiro ataque, em que o oportunista Lopes tem sido o rosto, mas não certamente o cérebro, apelando à acção de sucessivos golpes ao atropelo dos Estatutos e dos princípios organizativos do Partido. A constituição do Comité Distrital de Lisboa foi claramente um grande golpe para os liquidacionistas e, tal como a convocação do Congresso, levou ao desespero e actuação descabelada, sem norte, dos que sabem que não terão sucesso no Congresso, pelo que, em vez de estarem a preparar o Congresso e os relatórios a apresentar, tudo fazem para impedir a sua realização. Esse é o seu verdadeiro receio.
Trabalhar pela unidade é o critério fundamental para distinguir os que verdadeiramente querem construir e reforçar o Partido Comunista Operário.
No momento em que se aproximam grandes combates, unir e organizar o Partido é vital!Preparar o Partido para esses combates é o que todos deveriam estar a fazer. Tudo o que conduza à divisão, tudo o que seja fomentar guerras baseadas em confrontos pessoais, em vaidades pessoais, em frases esquerdistas com o recurso às redes sociais, mais não fazem do que minar e destruir o Partido. Não há ninguém, por mais ignorante que seja, que não conheça este princípio. E é essa a responsabilidade que lhes cabe e que vão ter de assumir no futuro.
Em 2015, o Comité Central da altura decidiu substituir o Secretário-Geral Conceição Franco pela arara bem-falante Garcia, com boa presença nos órgãos de comunicação. Todos concordaram. Nenhum se opôs, nem os que ainda cá estão! E ainda não se lhes ouviu uma autocrítica a esse respeito! O critério foi, pois, o de falar e apresentar-se bem! A política era um aspecto secundário. Foi um golpe à revelia dos Estatutos e da linha política do Partido. Contudo, não fosse a intervenção e denúncia do Camarada Arnaldo Matos, o arara era agora o secretário-geral do Partido, com todos a baterem palmas. Talvez alguns ainda continuem a pensar assim. Não sabemos, nesse caso, onde fica o apoio ao camarada Arnaldo Matos e à linha por si defendida e que em palavras muitos diziam e dizem apoiar. É sobre estes métodos e a ausência de vigilância revolucionária que todos, mas todos, devemos reflectir e aprender. O I Congresso Extraordinário do Partido foi marcado pelo Camarada para os dias 30 de Abril e 1 de Maio de 2016. Vai fazer agora quatro anos!
Durante quase três anos e meio, até ao dia da sua morte, a 22 de Fevereiro de 2019, o Camarada travou uma luta sem tréguas  para organizar o Partido, com vista à realização do Congresso. Foram muitos os textos que escreveu, as campanhas que lançou, as reuniões que preparou, os apelos, conferências e debates que fez, foi gigantesca a sua luta contra os liquidacionistas que tudo fizeram para destruir o Partido, que diziam ser do anticomunista Arnaldo Matos e que eles, sim, eram o verdadeiro Partido! E ainda assim o Partido não correspondeu com força e determinação, e parece não ter aprendido nada, porque o Congresso, que o Camarada considerava dever ser “um congresso verdadeiramente refundador do Partido” ainda não se realizou! Cada um deve reflectir sobre a sua actuação. Qual foi o seu contributo, qual foi a posição que tomou, quais foram as responsabilidades que assumiu.
Curiosamente foi a partir da data de marcação do Congresso, na reunião de 12 de Outubro de 2019, que novamente se acendeu o movimento cisão/deserção e não de discussão dentro do Partido, não obstante quer a data, quer  a nomeação da comissão organizadora do Congresso terem sido aprovadas por unanimidade, sem um voto contra, ou qualquer outra proposta. E estavam lá todos! E não venham dizer que estavam em minoria, porque não estavam. O Comité Central votou unanimemente! Os camaradas que tirem as devidas ilações. Quem sai da direcção do Partido para provocar a cisão só pode ter como objectivo enfraquecê-lo. E já agora, pergunta-se, até ao momento em que desertaram (Novembro de 2019), qual foi a proposta ou contributo que deram, por exemplo, para a Homenagem ao Camarada, que  segundo aprovação por unanimidade deveria ter sido realizada em Julho de 2019?
Contudo, não foram impedidos de estarem presentes na sessão, apesar de não terem mexido uma palha para tal, como foi o caso do bobo do Lopes, que achou que a melhor maneira de honrar o camarada era publicar no Luta Popular um vídeo do acontecimento com um fado como música de fundo e poema do revisionista Ari dos Santos! Quem é o revisionista? Que provocação era esta ao Camarada?
De uma vez por todas, os camaradas têm de perceber que não estamos perante uma discussão de ideias entre camaradas. Isso seria saudável e faria avançar o Partido. Mas não é assim,  trata-se de uma tentativa de destruir a unidade, de minar e destruir o  Partido  com golpes sucessivos, com deserções, reuniões cisionistas e ataques desesperados, apelando, na ausência de razão,  a confrontos físicos, com o apoio expresso de Paisana, Maria Paula, Paulo Jorge a que se associa o desertor Rogério. Estes métodos não nos são estranhos, já foram ensaiados pelos liquidacionistas encabeçados por Garcia ao atacarem o Partido e o seu Órgão Central.
Os métodos não mudam. Para os liquidacionistas Garcia/Franco também o Luta Popular era apelidado de pasquim, tal como agora. E também agora os ataques continuam a ser pessoais, centradas no camarada Júdice que numa reunião alargada se propôs fazê-lo, sem que alguém, nem Lopes nem Horácios, tivesse tido a coragem de fazer qualquer crítica ou sugestão, aliás não houve qualquer outro camarada a propor-se para tal tarefa. Essa é, aliás, a posição dos cobardes que não agem de forma leal, que tal como o polvo ficam à espera da melhor altura para atacarem, deixando, de preferência, que outros lhe abram o caminho. Nunca chegou até ao Luta Popular qualquer crítica relativa aos artigos nele publicados. E não se venha agora dizer que não concordavam com os artigos, porque, então, isso seria ainda mais grave. Não concordavam e calaram-se? Também aqui a luta se faz por métodos estranhos a um Partido Comunista. O camarada Júdice, tal como se comprometeu publicamente, escreve textos que o Luta Popular publica, assumindo nessa publicação o apoio que lhes dá, sujeitando-se naturalmente às críticas que lhes forem feitas, críticas que deveriam contribuir para o reforço ideológico e teórico do Partido e não numa perspectiva pequeno burguesa de tentarem provar a sua superioridade intelectual. Mas não se preocupem, o Órgão Central do Partido, com todas as dificuldades e insuficiências vai continuar a defender a linha do Partido.
Como referia o Camarada no seu editorial de Março de 2017 " O debate de ideias admitido na imprensa de um  partido operário comunista marxista-leninista é um debate responsável, para tratar de coisa sérias que preocupam a revolução e o proletariado em Portugal e no Mundo, e não para expelir diarreias mentais de grosseiros provocadores, escondidos sob pseudónimos ridículos, que a léguas cheiram a gatunos e reaccionários do tipo Garcia e seus muchachos."
Também não pode deixar de ter significado, quando Lopes a cara do liquidacionismo, mas não o cérebro, vem descarada e estupidamente defender que não estamos em tempo de estudar, que o estudo não é uma arma, que o importante é organizar o golpe à direcção e demais organismos do Partido, dos quais desertaram ou não quiseram pertencer. Mas alguma vez estudaram a sério? E nesse caso qual foi a cartilha que seguiu? O que é que faz correr o Lopes, depois de ter boicotado e tentado impedir a constituição do Comité Distrital de Lisboa?
A palavra de ordem é Organizar, Organizar, Organizar!
Em frente pela realização do  I Congresso Extraordinário do Partido!
12/04/20

O Comité Central

pctp