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PAÍS

A Impunidade dos Crimes do Governo Coelho/Portas nas Urgências dos Hospitais

Durante os meses de Dezembro de 2014 e Janeiro e Fevereiro de 2015, entre as dezenas de mortes de trabalhadores e reformados provocadas por acidentes de trabalho por negligência dos patrões, pela fome e por falta de assistência médica, foram na altura identificados e denunciados oito crimes ocorridos nas urgências de vários hospitais do país (São José, São Bernardo, São Sebastião, Peniche, Garcia de Orta, Santarém, e Aveiro), crimes esses, todos eles, tal como o Luta Popular Online apontou, da exclusiva responsabilidade do governo da coligação fascista PSD/CDS e do seu então ministro Paulo Macedo.

Acontece que foi ontem divulgado o resultado de um inquérito a esses factos, promovido por uma entidade administrativa apêndice do ministro da saúde – a Inspecção-Geral de Actividades em Saúde (IGAS) –, o qual concluiu, como outra coisa não seria de esperar, pelo respectivo arquivamento, considerando que tudo se deveu a factos meramente circunstanciais relacionados com procedimentos e práticas administrativas (?!!!).

A questão imediata que esta notícia suscita é esta: desde quando é que um serviço administrativo governamental se arroga a competência para investigar e sentenciar sobre matéria de natureza claramente criminal, que cabe exclusivamente nas atribuições do ministério público? Na verdade, só num regime fascista.

Isto, mesmo considerando que o próprio ministério público havia já feito o frete ao governo, ao entender não ter havido qualquer indício de crime nem responsabilidade do ministro da saúde no caso do cidadão que, depois de mais de seis horas sem ser observado nos corredores da morte nas urgências do Hospital de São José, para onde fora levado na sequência de um AVC, foi encontrado morto pelo filho numa maca!!

Só numa justiça nas mãos da direita e totalmente domesticada pela Tróica é possível escamotear que as mortes ocorridas nas urgências dos hospitais, se deveram à falta de médicos e enfermeiros, em consequência das medidas de não contratação destes profissionais de saúde e de proibição de realização de horas extraordinárias que, aliás, deixaram de ser pagas, encerramento de centros de saúde e de Serviços de Atendimento Permanente (SAPs), tudo da responsabilidade do contabilista do opus dei que esteve à frente do ministério da saúde a dizimar velhos e doentes nos serviços de urgência, para satisfazer as exigências da senhora Merkel.

Para esta gentalha, não ignorando esta realidade nos seus inquéritos, tudo se resume a questões relacionadas com a alteração de procedimentos, escalas de profissionais de saúde (que não existem) ou – espante-se! – maior atenção ao doente (!!), que podem ser resolvidas pela via administrativa.

E é um governo desta mesma coligação fascista, repudiada nas urnas no passado dia 4 de Outubro e que acha que a despesa na saúde é um desperdício, que o PS de Costa se dispõe a viabilizar!


08.10.2015


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