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VWAutoeuropa

Despedimentos e Sobrecarga de Trabalho!

Os operários da Autoeuropa, a fabricante alemã das viaturas VW que explora até ao tutano a classe operária em Portugal, têm bem presente o tipo de elogios que o poder burguês dirige habitualmente aos administradores fascistas daquela empresa, pela excelência da sua gestão, criadora de “valor acrescentado”.

Nenhum operário da Autoeuropa – e, diga-se, do país – se esquecerá que foi durante uma visita à linha de montagem daquela empresa que o fascistóide António Costa anunciou o seu apoio incondicional (como se fosse necessário evocá-lo) à recandidatura a Presidente da República, do homem que corporiza uma política hipócrita de afectos, Marcelo Rebelo de Sousa.

Pois, bem, é esta administração fascista, tão elogiada por ambos, que decidiu despedir 120 operários da VW Autoeuropa, na área das carroçarias, na área do doors-to-body. Resultado, como o ritmo de trabalho não abrandou, os operários que ficaram são forçados a uma sobrecarga de trabalho, isto é, a extracção de mais-valia que o capitalista retira da sua força de trabalho – o chamado sobretrabalho – aumentou de forma considerável.

Isto, está bem de ver, à custa do apertar de regulamentos já de si restritivos da liberdade de quem produz, como sejam, paragens para saciar a sede ou utilizar as casas de banho, para além de alterações constantes dos tempos para refeições e das pausas, ritmos de trabalho cada vez mais intensos e insuportáveis, sobretudo para quem passa oito horas numa linha de montagem. Neste quadro, está fora de questão que qualquer operário exerça o seu direito de pedir dias de férias, dias de compensação ou down-days.

A falta de mão-de-obra operária é tal que chefes de equipa e técnicos de manutenção e de qualidade são obrigados a ir trabalhar para junto dos operadores de linha. Para além disso, os operários denunciam que existem equipamentos novos que já deveriam estar a funcionar e continuam parados, precisamente porque existe falta de trabalhadores para com eles operar.

Os ritmos de trabalho agora impostos para cobrir o volume de trabalho que os 120 operários despedidos produziam, implicam uma manifesta situação de prejuízo para a saúde e as condições de trabalho e de segurança dos operários daquela linha de montagem, bem como manifestos prejuízos para a sua vida familiar e social, já que, não poucas vezes, são obrigados a sobrecargas de trabalho tais que actividades lúdicas e familiares ficam sempre comprometidas.

Por onde anda a Comissão de Trabalhadores da VWAutoeuropa? Por onde andam os sindicatos, seus delegados e direcções que enchem a boca com a defesa dos operários? Pelo que se tem assistido, clamam contra os despedimentos mas depois limitam-se a colocar questões pueris a uma administração, sabendo de antemão que as respostas que esta tem para lhes dar, em nada alteram a situação de exploração acrescida a que sujeitam a classe operária na empresa que administram com mão de ferro, de forma fascista.

Aos operários da VWAutoeuropa não resta outro caminho senão o da luta. Precisam de uma Comissão de Trabalhadores que saiba, por um lado, unir todos os sectores operários da empresa e, por outro, apresentar planos de luta – e executá-los – que façam que as formas de combate que adoptarem doam aonde mais dói ao capital. Nos seus bolsos cheios dos lucros que obtêm à custa da força de trabalho que exploram.

30Nov2020

pctpmrpp

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Dar Voz a Quem Não Tem Voz

Oeste

Um exemplo de liquidação do SNS

Recebemos de um nosso leitor a carta que expressa a preocupação quanto ao previsível encerramento do hospital de Torres  Vedras e que, abaixo, transcrevemos na íntegra 

Exmos Srs,

Meu nome é Patrick Francisco, tenho 46 anos, e sou residente em Torres Vedras.

Tomei a liberdade de deixar aqui uma reflexão sobre uma questão fundamental para os cuidados de saúde na Região Oeste de Portugal.

Um dos temas que tem suscitado grande preocupação entre os torrienses e em toda a Região Oeste, está relacionado com o acesso aos serviços hospitalares. Até agora, a Região Oeste tem sido servida por 3 Hospitais, nomeadamente em Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche.

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