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EDITORIAL

Rua com o Ministro da Defesa Nacional!

Arnaldo Matos

Este país está manifestamente sem governo, e ninguém, politicamente responsável, defende a vida, a segurança ou a saúde dos portugueses.

É certo que há um dito primeiro-ministro, de nome António Costa, que dá a entender que até procura chefiar um governo de esquerda, com o apoio parlamentar do PS, do Bloco, dos Verdes e do partido revisionista social-fascista do PCP de Jerónimo de Sousa. Mas, em boa verdade, governo onde os portugueses se apoiem, não há.

Vão fazer agora duas semanas que este governo de araras políticas reaccionárias matou – porque é esse o verdadeiro termo - matou sessenta e quatro portugueses, entre homens, mulheres e crianças, causando mais de cento e cinquenta feridos entre gente pobre dos concelhos rurais de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, na região oriental do distrito de Leiria.

Uma hecatombe nunca vista em Portugal! Mas ficou tudo na mesma…

Nenhum dos criminosos responsáveis por essa tragédia dantesca teve a coragem de assumir as suas responsabilidades políticas por esses crimes hediondos e de demitir-se dos lugares que ocupava: nem António Costa, primeiro-ministro, nem Constança Urbano de Sousa, ministra da administração interna, nem o coronel Joaquim de Sousa Pereira Leitão, presidente da autoridade nacional para a protecção civil, nem Jorge Miguel Albano de Miranda, presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Ninguém se demitiu, em nome da responsabilidade política pelos crimes que cometeu.

Os políticos oportunistas como Jerónimo, do PCP, e Catarina Martins, do Bloco, não só não se demitiram, como nem sequer ousaram retirar o apoio ao governo de Costa e até o isentaram publicamente de culpas pelos graves crimes perpetrados.

Pois ainda não tinham transcorrido duas semanas sobre a dolorosa e escandalosa tragédia dos incêndios de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, onde nenhum responsável político assumiu as suas responsabilidades demitindo-se, e já os paióis do Polígono Militar de Tancos eram tomados de assalto, sem que a unidade militar que controla o Polígono se tivesse dado conta do assalto, ou o Chefe de Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, ou o Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, se tivessem imediatamente exonerado dos seus cargos políticos.

Uma irresponsabilidade nunca vista em Portugal! Mas ficou tudo na mesma…

No Polígono de Tancos, estão instalados os nove Paióis Nacionais de Tancos, conhecido pelo acróstico PNT, com a arrecadação do armamento e munições essenciais à operacionalidade das forças armadas portuguesas.

Dois dos nove paióis – um quarto de todos os paióis de Tancos – foram tomados de assalto, a partir de um rombo praticado no perímetro do arame que cerca e defende o Polígono.

Azeredo Lopes, o general Rovisco Duarte e o primeiro-ministro António Costa não tornaram público até agora o rol do armamento e munições roubados, nem os métodos e processos pelos quais os assaltantes se apoderaram dos dois paióis e os esvaziaram de armas, munições e explosivos. Também não deram nenhuma indicação do número de assaltantes, nenhuma descrição dos meios de assalto utilizados, nem das quantidades de armamento, munições e explosivos efectivamente roubados.

Sabe-se apenas que o assalto aos dois dos nove paióis de Tancos constituiu o maior assalto de sempre a instalações militares portuguesas. Mas então ninguém guarda os quartéis?!...

O Diário de Notícias, jornal ligado, como toda a gente sabe, aos serviços secretos portugueses e americanos e apoiante encapotado do governo de António Costa, escoltado pelo PCP e pelo Bloco, conta que foram roubados 44 lança-granadas e “quatro engenhos explosivos prontos a detonar”. Uma coisa mínima, que dá todavia para matar centenas de portugueses!...

No comunicado publicado pelo Exército, ontem, sexta-feira, dá-se conta de que foram detectadas as faltas - ou seja, os roubos – de 120 granadas ofensivas, 1500 munições com o calibre de 9 milímetros e 20 granadas de gás lacrimogéneo.

O Exército acrescenta ainda, no aludido comunicado, a falta de um número indeterminado de “granadas foguete anticarro“ “material diverso de sapadores, “granadas-de--mão de gás lacrimogéneo”, “explosivos” e “bobinas de arame, detonadores e iniciadores”. Tudo coisas insignificantes, mas que dá para armar um pequeno exército…

No fim, o comunicado do Exército esclarece(?!) que não serão divulgadas as quantidades exactas roubadas “para não prejudicar as investigações em curso”… Quer dizer, ainda foi roubado mais material de guerra, mas por pudor e falta de vergonha não se diz a verdade sobre o verdadeiro volume do roubo!... Nem sobre a gravidade da ameaça!

Quer então dizer: o chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, ele e a instituição que dirige – o Exército – mentiram aos cidadãos portugueses, escondendo a dimensão e significado bélico do roubo praticado. No fundo, escondendo aos cidadãos portugueses o perigo e a gravidade da ameaça que o material de guerra roubado significa para a segurança da vida e da saúde de todos os portugueses. Mas, afinal, ninguém guarda os quartéis nem os paióis?!...

Curioso é verificar que o ministro da defesa nacional, o incompetente e cobarde Azeredo Lopes, afirmou, na sua declaração à imprensa, que dera ordens para que os aliados militares internacionais de Portugal, nomeadamente a Nato, fossem avisados do roubo ocorrido nos paióis nacionais de Tancos, garantindo aos nossos parceiros que fosse dita toda a verdade.

Como vêem, ainda acontece que temos aqui um palhaço de ministro que acha legítimo a um governante mentir ao povo português, mas nunca aos parceiros militares estrangeiros, isto é, aos imperialistas.

Como vêem, é ele próprio quem o diz: Azeredo Lopes, ministro da defesa nacional mente aos portugueses sobre a dimensão e alcance bélico do roubo de material de guerra em Tancos, mas acha que não se pode mentir aos imperialistas estrangeiros…, sobretudo ao instrumento de agressão imperialista por excelência que é a Nato!... Eu bem vos tenho vindo a dizer há muitos anos que os nossos ministros são uns ministros traidores e vende pátrias!... O que não se esperaria é que eles se reconhecessem tão depressa como Miguéis de Vasconcelos vendidos ao estrangeiro!...

Contudo, mesmo mentindo aos portugueses sobre o volume e poder bélico do roubo praticado nos dois paióis nacionais de Tancos, mesmo mentindo sobre a gravidade da ameaça, o material, (armas e munições) roubado e dado a conhecer pelo comunicado do Exército andaria perto das vinte toneladas, ou seja, a carga de duas viaturas pesadas, como as antigas Berliets da guerra colonial.

Seria bom que António Costa, primeiro-ministro, Azeredo Lopes, ministro da defesa nacional, auto-confesso mentiroso, e Rovisco Duarte, general, chefe do Estado--Maior do Exército, viessem explicar e mostrar ao país o buraco na rede por onde se escoaram, no mínimo, essas vinte toneladas de armamento, munições e explosivos “prontos a detonar”, e onde é que as viaturas ou camiões circularam e estacionaram para carregar e descarregar tão discreto material… É de morrer à gargalhada com os palhaços que nos coube em sorte como dirigentes governamentais!

Nos últimos três anos, tenho sido o único político português a denunciar a política suicida dos governos portugueses – governos de vende-pátrias – no apoio da política dos imperialistas americanos e europeus contra os povos árabes ou islâmicos de África e do Oriente Médio.

Tenho chamado a atenção dos operários e do povo português para a extrema necessidade e o imperioso dever de denunciar este política suicidária do governo português de apoio aos imperialistas em África, no Golfo Arábico e no Médio Oriente, mostrando que essa política suscitará inevitavelmente uma maior e muito justa resposta reactiva dos povos árabes e muçulmanos dentro dos próprios países imperialistas, como tem sucedido na França, na Bélgica, na Alemanha, na Inglaterra, na Espanha, nos Estados Unidos e noutros países imperialistas, que diariamente despejam milhares de toneladas de bombas sobre povos árabes e muçulmanos, sendo certo que o governo português cumpre um reles papel de lacaio desses imperialistas.

Inclusive, tenho chamado a atenção para a possibilidade desses actos virem a ser praticados em Portugal, como resposta à participação das forças armadas portuguesas e dos imperialistas em África e no Médio Oriente.

O roubo do material de guerra dos Paióis Nacionais de Tancos, praticado com inteiro sucesso, representa uma ameaça muito séria para a classe operária e para a vida e segurança do povo português.

Uma tão grande quantidade de armamento e explosivos não poderia ter sido levado a cabo se não tivesse participação de pessoas, militares ou civis, agindo no interior da base militar de Tancos.

Os tipos de materiais bélicos descritos, tanto quanto se conhece, são o material apropriado para a fabricação e elaboração de ataques em lugares públicos contra massas inocentes e impreparadas.

O roubo pode aliás ter tido realizado com vista a escolher e a produzir material a explodir oportunamente em espaços de concentração urbana de Lisboa, como já tem ocorrido nas grandes cidades e capitais imperialistas na Europa e na América. Quem sabe se esse roubo se destinava a fabricar explosivos para serem detonados em Lisboa?!

Em si mesmo, o roubo de material bélico em Tancos pode constituir uma ameaça futura para rebentar explosivos em cidades portuguesas.

O roubo de Tancos pode estar a provar que a política do governo português, lacaio do imperialismo, pode um dia vir a acarretar prejuízos graves e sérios para todos os cidadãos portugueses, realidade para que sempre temos chamado a atenção dos nossos leitores.

Os cidadãos portugueses, sobretudo a classe operária e o povo trabalhador, devem opor-se, denunciar e combater a política dos governos portugueses de lacaios dos imperialistas em África e no Médio Oriente.

As forças militares portuguesas que têm estado a soldo do imperialismo americano e europeu em África e no Médio Oriente devem regressar imediatamente a Portugal, abandonando-se essa aventura de capachos do imperialismo a que têm sido sujeitas as forças armadas portuguesas pelos governos do PS, do PSD e CDS. Nos tempos que correm, a política suicidária do PS ao serviço do imperialismo americano e europeu tem o apoio do PCP e do Bloco. Bloco e PCP ao lado do imperialismo; quem haveria de dizer?!

Por outro lado o roubo de material bélico em Tancos, mostra que o governo português não tem a mínima capacidade de defesa dos seus cidadãos contra as ameaças dos actos de represália militares que os povos árabes e muçulmanos decidam praticar em Portugal. A incapacidade e incompetência do governo português, nomeadamente do actual governo do PS e suas bengalas parlamentares, é tão grande que nem sequer conseguem guardar e defender de um mau uso as armas, as munições e os explosivos que guardam nos paióis da República, prontos a detonar.

Então os explosivos são guardados nos paióis de Tancos, prontos a detonar? Então já não há, nas forças armadas portuguesas, oficiais capazes de as comandar?!

Por favor: demitam imediatamente o ministro da defesa nacional! Esse ministro, além de vende-pátrias confesso, é um perigo para a segurança e a vida dos portugueses. Ele nem os paióis consegue mandar guardar…

Lx.01.07.2017

 


 

 

 

 

 

 

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