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INTERNACIONAL

As Represálias que se Seguem à Derrota Militar de Israel

As potências imperialistas dividem e partilham o Mundo de acordo com os seus interesses expansionistas, de saque e de exploração dos povos.
Assim aconteceu no final de cada uma das guerras mundiais e todos os conflitos, ocupações e guerras que o imperialismo fomenta não têm outra coisa em vista, a não ser a imposição e manutenção de um modo de produção que permita a exploração dos trabalhadores, os lucros exorbitantes e o saque das matérias-primas, o domínio e aumento de mercados assim como a ocupação e expansão dos seus territórios.
A guerra que não querem fazer nos seus próprios países, deslocam-na para outros, exercendo a violência de forma brutal, executando e provocando massacres e genocídios.

FaixaDeGaza2021ONUE é esta a questão central do chamado conflito israelo-palestiniano, que muitos querem reduzir a uma questão religiosa, mas que a história desmente, com a realidade a comprová-lo, diariamente, em cada um dos ataques, bombardeamentos, expulsões e ocupações sucessivas e contínuas das forças militares do governo sionista e nazi de Israel, este sim com uma ideologia nacionalista e colonialista.

A implementação do Plano de Partilha da Palestina, aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas e que levou à criação do chamado Estado de Israel, em 1948, na sequência do final da II Guerra Mundial, teve, como está perfeitamente claro, como grande objectivo a continuidade do controlo do Oriente Médio por parte das potências vitoriosas, com destaque para os EUA – elevados a primeira potência imperialista –, Inglaterra, França e Rússia.

Os senhores da guerra estabeleceram, então, a sua nova Ordem Mundial e o governo colonialista e nazi de Israel começou, de imediato, a instituir a sua ao expulsar e apropriar-se de territórios palestinianos, confiscando terras, dominando o acesso à água e empurrando os palestinianos, que sempre viveram na Palestina, para zonas que mais não são que campos de refugiados numa política de agressão e colonização. Israel, em 1967 tinha já ocupado a Cisjordânia, a faixa de Gaza e os montes Golã. OS Estados Unidos não mexeram uma palha e continuaram com a estratégia de manter a zona em permanente tensão e crise.

Nenhum dos presidentes dos Estados Unidos teve qualquer intenção de alterar a política definida para esta zona do mundo, apoiando, vendendo armas e tomando as medidas necessárias para que Israel seja o seu cão de fila. Quanto ao Estado Palestiniano, que também estava previsto, há que tomar as medidas necessárias, contanto sempre com a cumplicidade da imprensa, naturalmente, para que este morra.

O apoio e a aliança de Trump com Israel em 2017—Reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel; transferência da embaixada americana de Telavive para Jerusalém; reconhecimento da anexação dos montes Golã (Síria) - 2019 — foi uma provocação aceite pelas outras forças imperialistas.

Por outro lado, a chamada normalização árabe, com o apoio dos EU, iniciada em 2020, que visa o estabelecimento de relações diplomáticas e comerciai com Israel e consequentemente o reconhecimento do Estado de Israel, que já conta com a colaboração do Egipto, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos, e que supostamente seria uma aliança contra o Irão, mais não é do que uma tentativa de isolar a luta do povo palestiniano.

Tudo e todos trabalham para que o povo palestiniano seja exterminado, incluindo  o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, que adiou as eleições, previstas para este mês de Maio. No entanto, a consciencialização e a emancipação do povo palestiniano, associadas ao aumento do número de palestinianos, (a maior taxa de crescimento populacional deve ocorrer na Faixa de Gaza: estima-se que a população actual de 1,85 milhão de pessoas, cresça para 3,1 milhões em 2030 e 4,7 milhões em 2050), mesmo tempo que o número de israelitas diminui significativamente, farão com que as forças se invertam.

Uma das formas utilizadas para expulsar os palestinianos – e que levou à reacção palestiniana – é o despejo destes das casas que habitam há anos, como aconteceu nos Bairro Sheikh Jarrah em Jerusalém oriental (zona onde vivem palestinianos) e no bairro Batn Al-Hawa. Ao todo foram despejadas 139 pessoas. Estas casas são imediatamente ocupadas por israelitas. E assim, sob a capa de medidas administrativas, se exerce a maior violência e abuso sobre estas famílias.

Conjuntamente com estas medidas, as forças israelitas, para além de impedirem o acesso ao lugar sagrado de palestinianos – a Esplanada das Mesquitas, atiraram, no interior da mesquita Al-Aqsa, latas de gás lacrimogéneo e granadas de choque, o que criou uma onda de revolta.

Foram estas agressões israelitas, associadas à exploração de que são alvo, que acenderam o rastilho da revolta e levaram a reacções em várias cidades, para além dos ataques surpresa de rockets, a partir da Faixa de Gaza, na operação a que chamaram Espada de Jerusalém e cujo alvo militar foi o sistema de defesa antimíssil – Cúpula de Ferro.

Desta vez, a revolta dos palestinianos, explorados como mão de obra escrava de Israel, sujeitos à precariedade e salários baixos (repare-se que uma parte da burguesia palestinianas sofre repressão e humilhações iguais às do proletariado) foi mais intensa e alastrou a cidades israelitas como Lod (que de acordo com a partilha de 48 devia pertencer aos palestinianos) e São João de Acre. Esta revolta, a que alguns chamaram o início de uma guerra civil, levada a cabo por civis (20% da população que vive em Israel são palestinianos com direito a voto, mas transformados em cidadãos de segunda), aconteceu pela primeira vez e é um marco na luta contra Israel.

Israel, com sempre, nos seus mais de 2 000 ataque aéreos, atacou de forma indiscriminada, matando civis, destruindo equipamentos. É destruir e matar, sempre a direito!

E é a este regime que os Estados Unidos, União Europeia, incluindo o governo português chamam a única democracia dos Oriente Médio, justificando este massacre, genocídio e ocupação com o argumento de que Israel tem o direito de se defender!!! Defender de quem?

Depois do cessar-fogo e das chamadas tréguas, Israel, pretende esmagar e calar a luta dos palestinianos – sobretudo os que provocaram os confrontos nas cidades israelitas – desencadeando perseguições, mortes, agressões e prisões, instaurando um clima de medo e terror, numa operação chamada, à boa maneira fascista, Lei e Ordem. E foi assim que nesta segunda e terça-feira, forças militares à civil para além de várias detenções, assassinaram dois jovens, numa acção que visa calar “agitadores e criminosos”.

É a isto que chamam tréguas? Ou é a hipocrisia e o conluio imperialista?
Biden, Merkel e companhia fingiram apelar à paz, mas nunca se lhes ouviu uma palavra de condenação da violência e brutalidade por parte dos Israelitas. Ouviu-se, isso sim, uma justificação para a sua acção, “têm direito a defender-se”; mas, foram atacados? E onde fica o Estado da Palestina?

O povo palestiniano há anos que luta corajosamente contra as forças fascistas e colonialistas de Israel. Contudo, a luta do povo palestino só sairá vencedora, quando todos os explorados palestinianos se unirem e conjuntamente com a classe trabalhadora de Israel combaterem firmemente o governo nazi de Israel.

O PCTP/MRPP, tal como vêm manifestando há anos, exige uma posição clara de repúdio à actuação dos militares Israelitas e o corte de relações diplomáticas com Israel, com a expulsão do seu embaixador, e a apresentação pelo governo português de uma resolução no Conselho e Parlamento Europeus com vista à expulsão do estado de Israel da ONU e de todos os organismos internacionais, para além de um apoio efectivo ao povo palestiniano contra a agressão e ocupação sionistas, em violação deliberada e assumida de todas as regras da chamada comunidade internacional que os imperialistas ianques correm a invocar e a usar para justificar as suas acções de pirataria para esmagar as revoluções ou regimes que se lhes opõem.

GO/G

pctpmrpp

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