CampanhaFundos202206

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PAÍS

TAP:

  • A Privatização Deve Ser Imediatamente Suspensa!
• As Vendas de Património Proibidas!
• O Estado Deve Rejeitar O Risco da Dívida!
• A Direccção da Parpública Deve Ser Destituída!
• Os Ex-Secretários de Estado
Isabel Castelo Branco e Sérgio Monteiro
Devem ser Imediatamente Presos! 
 


O roubo da TAP está finalmente consumado. O caderno de encargos para a privatização da TAP não passou de uma fraude do governo de traição nacional Coelho/Portas para enganar os trabalhadores da TAP e roubar o povo Português. Afinal, não há nenhum encargo que onere o comprador privado, o consórcio Atlantic Gateway.

Os bancos, credores da TAP, só aceitaram a privatização na condição de o estado português assumir o risco pela dívida, que deveria ter sido assumido pelo consórcio comprador.

A TAP foi privatizada a favor de um consórcio constituído à pressa – o Atlantic Gateway – que não dispõe nem de capitais próprios, nem de crédito bancário em parte nenhuma do mundo. O consórcio comprador tem uma estratégia bem definida, que sempre denunciámos mas ninguém parecia querer acreditar: entrar na TAP, vender os aviões, vender as rotas, vender os prédios e os terrenos, e deixar as dívidas nos bancos para o Estado português pagar.

O consórcio Atlantic Gateway é uma sociedade parasita e parasitária: veio para liquidar a TAP, vendendo o património da companhia aérea portuguesa, embolsando o produto da venda, deixando os trabalhadores sem emprego e encarregando o Estado, quer dizer, o erário público, isto é, os contribuintes, de pagar as dívidas.

O negócio da privatização da TAP é um negócio ruinoso e criminoso: o privado vende o activo e fica com o dinheiro; os trabalhadores da TAP ficam desempregados; o povo português paga a dívida. A TAP desaparece.

As vendas já começaram. Com efeito, a TAP já colocou à venda os terrenos do chamado reduto da TAP, que envolvem a sede, os escritórios e as oficinas da companhia, junto ao aeroporto da Portela.

O reduto da TAP faz parte do património da transportadora aérea nacional desde 1998, quando um decreto-lei do governo de Cavaco Silva, promulgado por Mário Soares, desanexou do domínio público aeroportuário da Portela uma parcela gigantesca de 22,45 hectares (224 500 metros quadrados), correspondente à área de 22 campos e meio de futebol, e os entregou de mão-beijada, sem pagamento de um único cêntimo, à companhia.

Ora, se está já a negociar a venda daqueles terrenos, no meio de todos os segredos, é porque a Atlantic Gateway planeia abandonar a sede e as oficinas da TAP, sem ter dado nenhuma indicação de que as pensa voltar a construir em qualquer outra parte. Podemos pois dizer, com toda a propriedade, que essas sinistras personagens que dão, como os cachorros, pelos nomes de David Neeleman, Humberto Pedrosa e Fernando Pinto, começaram já a desmantelar a TAP, numa ocasião em que o consórcio ainda não investiu um cêntimo na transportadora aérea nacional.

É certo que Pedrosa, Neeleman e Pinto lançaram uma grande campanha de propaganda nos órgãos da comunicação social, prometendo renovar a frota da TAP com 53 novos aviões airbus, mas como os novos aviões, mesmo que encomendados agora, nunca serão entregues em menos de cinco anos, já não existirá a companhia aérea no primeiro ano da entrega do primeiro avião da apregoada aquisição.

Ao vender a TAP a um consórcio de ganguesteres como aquele que constitui o Atlantic Gateway, o governo de traição nacional Coelho/Portas/Cavaco sabia que estava a delapidar o património nacional, e essa era efectivamente a sua intenção.

Sucede todavia que os credores da TAP, não por patriotismo, que não mora nem nunca morou nos seus corações de pedra, mas por único e exclusivo interesse capitalista, se recusaram aceitar a privatização, com a venda a um consórcio que não tem dinheiro, não tem capital, nem tem crédito em parte nenhuma do planeta, a menos que o Estado português continuasse como o responsável pelas dívidas da TAP. E o governo de traição nacional Coelho/Portas/Cavaco, rasgando o caderno de encargos com base no qual escolheu e adjudicou a privatização à Atlantic Gateway, assumiu a responsabilidade pelo pagamento das dívidas.

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