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PAÍS

Ora, o que foi privatizado foi a TAP, com seu património, mas também com seu activo e passivo, e não apenas o património e outros activos. Se esse fosse o contrato, com o Estado assumindo perante os credores o risco da dívida da empresa, decerto que a TAP teria sido vendida por preço muito superior àquele por que a adquiriu a Gateway.

Temos aqui mais um daqueles negócios em que os governos de traição nacional – Cavaco, Sócrates e Coelho/Portas – nacionalizam as dívidas e os prejuízos e privatizam os lucros e o património.

Foi assim nas parcerias público-privadas, nos contratos swaps e é também assim na venda da transportadora aérea nacional.

Para sacudir a água do capote, a coligação de traição nacional Coelho/Portas foi submetida à farsa fraudulenta cavaquista de se apresentar com um programa de governo na Assembleia da República, mesmo quando o presidente da Aldeia da Coelha estava farto de saber que o governo do PSD/CDS não passaria na Assembleia, só para que esse governo fantoche pudesse negociar o enforcamento da TAP a um consórcio de bandidos, com toda a dívida imputada ao erário público.

Negociado este acordo de traição, a direcção da Parpública, mancomunada com a secretária de estado do tesouro, Isabel Castelo Branco, e o secretário de estado dos transportes, o famigerado Sérgio Monteiro, celebrou com a Atlantic Gateway o contrato que Coelho, Portas e Cavaco haviam congeminado.

A Parpública é a sociedade gestora de participações sociais de capitais exclusivamente públicos, sendo conduzida nesta negociata pelo presidente Pedro Macedo Santos Ferreira Pinto.

Negociata absolutamente ruinosa, não podendo ter, como efectivamente não tem, nenhuma explicação susceptível de ser entendida como imposta pelo interesse nacional, tem todavia com certeza um fundamento que se há-de procurar na conduta criminosa do presidente da Parpública, o supra-citado Pedro Macedo Santos Ferreira Pinto, da secretária de estado do tesouro, Isabel Castelo Branco, e do indivíduo que privatizou à força todo o sector dos transportes, o ainda em liberdade Sérgio Monteiro.

Todos estes indivíduos devem ser imediatamente presos, antes que fujam do país, mais que não seja para explicarem ao Ministério Público - que, por muito menos do que isso, deteve e prendeu preventivamente o ex-primeiro-ministro José Sócrates – os motivos e fundamentos de uma negociata leonina que entregou a TAP a um consórcio sem capital e sem crédito, e ainda por cima fica com o encargo de pôr o povo português a pagar aos credores bancários da TAP as dívidas que o consórcio adquirente não pagar.
Cadeia com eles, antes que fujam!

Os trabalhadores da TAP devem erguer-se, com todas as formas de luta ao seu alcance, contra este latrocínio e contra esta ladroagem. E terão, sem dúvida, o apoio de todo o povo português.

25.11.2015

Arnaldo Matos




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