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PAÍS

(atualizado às 0:25 de 3 e Abril de 2020)

Do oculto e do propalado no decretado estado de emergência a combater

A iminência e depois a progressão pandémica deste novo Coronavirus traz à evidência das massas as contradições do modo de produção burguês e a profunda incongruência da correspondente economia publicitada como amiga dos povos mas em crescente antagonismo com as necessidades e as expectativas do povo português assim como da imensa maioria da população mundial.
Também um factor circunstancial, no caso as dramáticas condições climáticas na Europa do Norte em resultado da gigantesca erupção em 1783/84 do vulcão Laki na Islândia, que, com a fome e a miséria generalizadas para o povo e os excessos duma corte e duma aristocracia ostentatórias e parasitárias, se exacerbou em França a evidência das aberrações, abusos, contradições, inoperâncias e insolvabilidades do Antigo Regime e se organizou a luta que culminou com a grande Revolução Francesa de 1789/99.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao decretar o estado de emergência, e o Governo da República, liderado por António Costa, ao regulamentá-lo oficializam quer as suas hostilidades para com o trabalho quer os seus prestimosos favores para com o capital, encobrem as deficiências na produção de bens essenciais assim como na prestação de serviços necessários à salvaguarda da saúde dos portugueses e impõem regimes de excepção nas obrigações laborais sem direito a qualquer contraditório e contestação, aceleram brutalmente tanto o controlo das massas como a exclusão social em simultâneo com oportunidades milionárias de negócio para um selecto núcleo de empresários, empresas e capitais numa desenfreada exploração do trabalho e do trabalhador por uma burguesia mais do que nunca internacionalizada sob as bandeiras imperialistas que mais lhe convém.
É assim que temos nos Açores uma fábrica na Lagoa fechada para especulação financeira por um bando de irresponsáveis assassinos por contumácia económica no governo regional enquanto falta o álcool aos açorianos para desinfecções tão frequentes quanto necessário para evitar contaminações do Coronavírus. Tínhamos também na Lagoa uma útil fábrica do sabão transformada agora em  produtora de ração para o gado!
O governo da burguesia impõe guetos em troca dos recursos que tira!

O sobre-produto ou mais valia é o farol do governo, tanto do Governo Regional dos Açores como do Governo da República, enquanto o produto, que é o que interessa a quem trabalha, só importa aos exploradores do trabalho na medida do grau de exploração e de alienação proporcionado.
Se no antigo regime a cunhagem de moeda era uma prerrogativa dos reis, com a revolução burguesa vitoriosa passou para os seus governos a determinação da quantidade de moeda a circular (que a trespassaram, entretanto, cada vez mais para os bancos centrais “independentes”) havendo sempre tanta quanta necessária para as transacções comerciais – nas quais se destaca a da compra e da venda da força de trabalho – se efectuarem em proveito do capital e do consequente avolumar da crise do cada vez mais incongruente modo de produção burguês.
Na actual circunstância pandémica exige-se informação científica precisa, explicitação técnica dos comportamentos mais adequados para evitar a contaminação pelo vírus, um dos quais é o controlo sistemático e generalizado adequado tratamento dos infectados, meios materiais de defesa quotidiana dos não contaminados e todo o dinheiro necessário para a aquisição pelos portugueses dos disponíveis ou a disponibilizar bens e serviços que precisem.

Pedro

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