CampanhaFundos202206

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PAÍS

Luto contra três gigantes, querido Sancho; estes são: o medo, que tem forte raigambre e que toma conta dos seres e os sujeita para que não ultrapassem o muro do socialmente permitido ou admitido; o outro é a injustiça, que subjaz no mundo disfarçada de justiça geral, mas que é uma justiça instaurada por alguns para defender mesquinhos e egoístas interesses; e o outro é a ignorância, que anda também vestida ou disfarçada de conhecimento e que lamenta os seres para que acreditem saber quando não sabem na verdade e que acreditem estar certos quando não estão. Essa ignorância, disfarçada de conhecimento, machuca muito, e impede os seres de ir além na linha de conhecer realmente e se conhecer ".


Miguel de Cervantes, em Dom Quixote


O confinamento capitalista autodenuncia-se e anuncia o seu fim

Falar sobre o confinamento é tão vago como o próprio confinamento.

Neste segundo confinamento temos serviços a funcionar parcialmente, temos falsos negativos e falsos positivos, temos o número de mortes e infectados a disparar, temos a religião e a política a serem escolhidas e sem regras em detrimento da cultura e da educação, temos os problemas dos lobbies farmacêuticos, temos um aumento do número de mortes por outras causas não covid como consequência e troca de prioridades, temos subsídios e linhas de crédito para empresas que vão falir, temos o caos nos transportes públicos, em particular nos comboios a abarrotar sem haver reforço, aliás reduziu-se a frota, cuja propagação é potencialmente perigosa, temos um desinvestimento no serviço nacional de saúde, falta de apoios, má planificação, "temos os hospitais lotados em colapso mas com menos doentes do que é habitual nesta época do ano mas não há capacidade de drenagem (de doentes covid) dos doentes porque o fluxo dos doentes está entupido" – ex-bastonário da ordem dos médicos, temos enfermeiros a serem despedidos, temos uma parte considerável de médicos de renome e com forte impacto no tratamento de doenças imunológicas e infecciosas a descredibilizar a ministra da saúde e a directora geral de saúde, temos a cultura do medo e um Bosta a imputar a responsabilidade aos portugueses e usadas como arma de arremesso para desviar as atenções dos verdadeiros responsáveis pelo genocídio vigente, o maior dos últimos anos, temos isto e muito mais.

O capital trabalha e continuará a trabalhar isto muito bem! Temos notícias sensacionalistas todos os dias, um governo cúmplice, um presidente que perde para a abstenção mesmo sendo fotogénico, um parlamento amorfo, mudo e inerte tais como os partidos da coligação e da oposição, e temos também uma manipulação dos dados, algo que o capitalismo engendra de forma maquiavélica e sem dó nem piedade.

Por partes. Estas medidas não visam a resolução dos problemas, nem a curto nem a longo prazo. Isso tem vindo a ser evidente.

O actual jornalixo não pode deixar passar sem confrontação nem contraditório as afirmações do primeiro ministro e da ministra da saúde, que perante o abandono, a falência e a morte do SNS (maior foco de contágio), vêm dizer que não se sabia da nova estirpe, quando tal situação foi ignorada a meados de Dezembro, depois de uma declaração de Boris Johnson, onde ordenou cancelar o natal e confiscar o país. No dia seguinte a DGS diz o contrário e o patrão dos ministros corruptos levanta restrições. O presidente que ficou em segundo lugar, martelou o mandato a falar da pandemia. Também tem de ser consequente! Alguém tem de assumir as responsabilidades, são os mesmos protagonistas, caminhamos no precipício, sempre no mesmo sentido. Não digam agora que foi uma surpresa! Admitam que erram! O povo está farto desta merda! Admitam que perderam as eleições, admitam que a DGS reporta não são os casos do dia, mas sim de dias anteriores, casos não são registados nem introduzidos nos sistemas informáticos. Porque não divulgam pelo dia de diagnóstico? O número de óbitos não reflecte a actualidade, mas sim um passado recente. As aglomerações familiares no período das festas aumentaram certamente o número de contágios. "A estratégia que está a ser definida para o combate à epidemia está a ser feita à revelia do que são os órgãos oficiais de aconselhamento das autoridades: o Conselho Nacional de Saúde Pública, Conselho Nacional de Saúde, Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida estão à parte e não são ouvidos nem tidos em atenção para a definição das medidas e era fundamental que fossem, isso sim caracteriza um estado organizado. Organizam-se umas reuniões ad hoc no Infarmed onde termina com os políticos a dizer ouvimos os especialistas. Mas que especialistas? Com que currículo científico?
Onde estão os documentos escritos dos pareceres para ouvirmos e lermos os fundamentos? Zero!" António Ferreira, internista no hospital de São João.

Digam lá se com estes factos, este relato não devemos exigir a demissão imediata desta escumalha pilantra?!

Os casos detectados e o seu isolamento devia ser o principal foco de combate à pandemia! As pessoas (contactos de risco) não recebem contactos durante imensos dias, por parte das autoridades de saúde. Depois é-lhes dito que têm de fazer quarentena durante dois a quatro dias e, entretanto, se tivessem estado infectados teriam feito circular o vírus.
A testagem sistemática era fundamental, principalmente nos grupos de maior risco. Agora a palavra de ordem é confinar e, de forma incongruente, uns dias de manhã outros de tarde.
Os deputados, responsáveis políticos e autoridades de saúde não têm abertura para discutir estes assuntos. Impõem apenas o pensamento único, prevalece o solipsismo. Porque não abrem as notícias com estes factos?! Porque querem amedrontar e alienar?
Isto não é de um Estado organizado! Uma autêntica república de bananas!

É urgente que se comecem a fazer culturas virais para controlo dos testes.
É urgente rever os processos dos hospitais e ajudar na gestão.
É urgente dizer a verdade e acalmar a histeria.
É urgente demitir este governo!
Fechar o país e as escolas não vai resolver nada, quando o problema está na organização dos hospitais.
Antes da pandemia as filas de ambulância às portas dos hospitais já aconteciam! Isto deve-se à péssima gestão da entrada nas urgências, simplesmente porque não havia macas. Toda esta falta de planeamento ficou agora agravado com a covid. O governo nunca resolveu os problemas estruturais do SNS, e com os protocolos de admissão dos pacientes covid evidenciou-se toda a complexidade e burocratização na gestão de problemas. Também não é por falta de camas para assistência na pandemia como tem sido dito. O governo diz dispor de 17,7 mil, e a taxa de ocupação ronda, à data, os 30%. O governo teve meses para preparar esta vaga, até pelo típico aumento de número de infecções respiratórias que se verificam nestes meses, mas o caminho é apontar o dedo em riste aos portugueses, abstendo-se de responsabilidades, dividindo para reinar, não serem transparentes, atiçar o remediado contra o pobre, mentir descaradamente e ser incongruente, colocar o desempregado contra o descamisado. Entretanto continuamos a pagar a factura com juros. Os decisores políticos deveriam coordenar a operacionalização no terreno, e incumbir essa competência a um grupo multidisciplinar de especialistas, sociólogos, peritos em saúde mental, economistas etc, encabeçados por epidemiologistas experientes, com provas dadas e boa capacidade de comunicação. Têm de ser responsabilizados esta cambada de incompetentes de que deixa tudo ao deus de ará.

Aqui só há um inimigo, as pessoas!

Eles informam devidamente? Eles mudam o paradigma das notícias? Estes políticos fruto do sistema capitalista só vêem lucros e números! Não têm preocupações com o seu semelhante, nomeadamente os idosos. Nunca a proporção de idosos foi tão elevada, (16,1%). Desde 2004, a população activa está a diminuir todos os anos, em sentido contrário, a população com idade igual ou superior a 70 anos está a aumentar a um ritmo de 30 mil pessoas aproximadamente todos os anos! A 2 de Janeiro de 2017 registaram-se 578 óbitos em Portugal, em apenas um dia. Tal como agora, as temperaturas eram baixas. No dia 12 de Janeiro de 2021 registou-se um novo máximo: 651 óbitos (fonte DGS), no entanto, o número da população com idade igual ou superior a 70 anos subiu aproximadamente 120 mil! Porquê que os chibarros difusores de informação não comentam isto?! Porque são castrados de humanidade!
O alvo são os grupos mais vulneráveis, os mais doentes, os mais velhos, os mais fracos, os mais pobres. É preciso garantir o tecido social económico, sem destruir nem colocar em causa os manda chuva do sistema capitalista. Medidas draconianas estão na ordem do dia, condenando também o futuro dos mais novos, esses a pagantes da subsistência e garantia do sistema bancário, a curto e a longo prazo. Dez meses depois da pandemia ter chegado ao nosso dia-a-dia os mesmos problemas agravaram-se: cerca de doze milhões de cirurgias por realizar, dois milhões de pessoas não conseguem pagar o aquecimento, um SNS limitado e que não foi reforçado. Todos estes factores levaram ao mês de Janeiro mais mortífero dos últimos dez anos. E as palavras de ordem mantêm-se: fechem tudo, imputando as culpas às pessoas.
Eu questiono: esta elite política tem experiência suficiente na sociedade? Estudaram suficientemente economia ou filosofia? Lembram-se que se não fossem os operários das fábricas a economia morria? Porque não é vacinado com prioridade um caixa do supermercado ou um repositor? Sem eles escasseavam os bens essenciais.
Assim vão manipulando a informação, controlam o rumo das notícias, e a agenda fascista prossegue, inabalável.
Por nós, o governo é deposto o mais rápido possível! Vamos caminhando com grilhões, algemas e mordaças invisíveis. Na Alemanha quem não cumprir a quarentena pode ser enviado para centros de detenção; na Holanda já atacam as pessoas com jactos de água. E temos uma número considerável na sociedade que acha isto normal por parte das autoridades. E faz o costume como quem rejeita esta posição: nada! O capital tem esse dom merdoso, alienar os seus fantoches.

Terminarei este artigo com informação útil, científica e respectivos sites onde podem ser consultadas as notícias.

(continua)

pctpmrpp

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