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PAÍS

Patrão e Lacaios em Amena Cavaqueira

passoscoelho josemariaricciardi 01José Maria Ricciardi, presidente do Banco Espírito Santo de Investimentos (BESI), é o responsável por todos os investimentos de todo o Grupo Espírito Santo desde 1993, e, por conseguinte, um dos principais bandidos da família Espírito Santo, que arrastou para a falência criminosa todo aquele universo económico e financeiro.

Trata-se de um sujeito que, como os demais gatunos da família, já devia estar preso preventivamente, se a Procuradora-Geral da República – que não se vê por que não renuncia imediatamente ao cargo – e o Ministério Público quisessem realmente averiguar e levar a julgamento os bandidos responsáveis pelos crimes perpetrados pelos chefes da família Espírito Santo.

Mas a verdade é que não está preso; antes e pelo contrário, circula por aí à solta, como o primo Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, protegidos pelas Polícias e pelas demais instituições da justiça, que já os deviam ter encarcerado ou mandado encarcerar, prestando declarações e tecendo ameaças onde querem e como querem, para insulto das centenas de milhares de pessoas a quem assaltaram e roubaram as poupanças de uma vida e para ultraje do povo trabalhador português.

Pois Ricciardi, acolitado por Marques Mendes, aquele pilhanqueiro que faz semanalmente de porta-voz para a SIC do governo de traição nacional Coelho/Portas, chegou sábado à tarde a Vilamoura, para abrilhantar, com um discurso a pronunciar no domingo, o Forum Empresarial do Algarve.

Ricciardi foi recebido pelos empresários algarvios, não como um gatuno, mas como um herói, o que se compreende, pois, para empresários, gatuno e herói em nada se distinguem um do outro, e daí que estivesse à espera do bandido, para o apresentar aos seus pares, esse mesmo, o avô-cantigas, o Catroga, agora lambe-botas do capitalismo chinês em Portugal, e que já foi ministro da economia, a soldo da família Espírito Santo.

Aquilo a que então se assistiu em Vilamoura foi à recepção do Padrinho José Maria pelos empresários e políticos convidados para o Forum Empresarial do Algarve. Não houve beija-mão, mas os contidos apertos de mão eram muito significativos, pela demora, pelo afecto, pela determinação manifestada, pelo sinal passado.

À noite, procedeu-se ao espectáculo e ao jantar, organizado em mesas redondas. O Padrinho Ricciardi tinha distribuída a mesa redonda chinesa junto ao palco, reservada aos chefes da mafia e aos seus principais homens de mão.

Até que entra o primeiro-ministro do governo de Portugal, como exige ser tratado, agora que está já de pés para a cova, e Ricciardi encaminhou-se para Passos Coelho, obviamente para o cumprimentar, mas Coelho, evitando-o de súbito, vira-se para os cumprimentos à sua própria direita.

Porquê esta hesitação de Passos Coelho? Ele não sabia que ia ser o bobo da festa do Padrinho José Maria em Vilamoura? Foi enganado por Catroga e Marques Mendes? Ou ter-lhe-á passado pela cabeça, com a fulgurância de um relâmpago, a lembrança de que já tinha sido apanhado pelo Ministério Público em escutas telefónicas gravadas com José Maria Ricciardi, durante o processo da venda da REN e da EDP à China?...

José Maria, parecendo ter ficado alcançado, recua e toma o seu lugar à mesa redonda do banquete.

Não havendo mais ninguém para cumprimentar, Passos Coelho dirige-se então ao seu lugar na mesa do jantar, redonda e importada da China, eventualmente por Catroga, e, quando se vai assentar, nota que a sua esquerda, reservada à mulher do primeiro-ministro, tem à esquerda dela Ricciardi já sentado.

É então que se assiste à humilhação suprema do primeiro-ministro de Massamá: Coelho dirige-se a Ricciardi, para pedir-lhe o cumprimento que antes parecia ter-lhe recusado…

Finalmente, lá ficaram sentados, à mesma, a conversar em amena cavaqueira, o patrão e os seus lacaios: Ricciardi e Passos Coelho, o padrinho e o afilhado da pequena mafia portuguesa. Tudo isto se passou na realidade e pôde ser visto em algumas televisões portuguesas, e até na Rádio, onde a Renascença o viu e o comunicou melhor do que ninguém.

Que país é este, dilectos leitores, em que os gatunos se sentam e jantam à mesma mesa com o primeiro-ministro, em que os lacaios, ministros e primeiro-ministro se sentam a comer à mesma mesa com o banqueiro gatuno, que todavia foi quem financiou os seus partidos políticos, corrompeu as suas carreiras profissionais e causou a Portugal prejuízos que, no caso do banco e do grupo de Ricciardi, ultrapassarão os 20 mil milhões de euros.

Já se viu que a Procuradora-Geral da República não tem competência nem coragem para esclarecer cabalmente este imbróglio e levar a julgamento os bandidos do grupo Espírito Santo. A Cavalheira manifestamente não sabe que não há jantares grátis e que o jantar do gatuno Ricciardi com o lacaio Passos Coelho vai custar ao erário público aquela módica quantia de vinte mil milhões…

Morte ao capitalismo e seus lacaios!

Os Espírito Santos para a cadeia!

Viva a revolução proletária!

Espártaco





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Comentários   

 
# Ernesto Reis 07-10-2014 19:22
Soberbo trailer da produção cinematográfica da saga «Spirito Sanctu», em que é protagonista Il Capo Ricciardi ( O Padrinho Ricciardi), e as suas tramóias. Aguardamos ansiosamente pela continuação desta saga imperdível e que esperemos que tenha como figura principal «Il Capo dei Capo» - O Padrinho dos Padrinhos», com produção e realização habituais.
 
 
# Espártaco 09-10-2014 20:13
Obrigado,

Espártaco
 

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