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PAÍS

Trabalho a Toque de Tróica

Com respeito aos trabalhadores portugueses ainda não desempregados, a receita do chamado Memorando de Entendimento, imposto pela Tróica, aceite pelo Partido Socialista e executado pelo governo de traição nacional Coelho/Portas, é, como se sabe, muito simples: trabalhar mais, sempre cada vez mais, e ganhar menos, sempre cada vez menos.

Segundo números agora divulgados pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico – a conhecida OCDE –, cada trabalhador português no activo trabalhou em média, no ano de 2011, 1711 horas.

A OCDE acha pouco, visto que o seu objectivo é pôr os trabalhadores dos trinta e dois países que integram aquela organização imperialista a trabalhar, cada um deles, 1776 horas anuais.

Na perspectiva da OCDE, cada um de nós portugueses que ainda tenha emprego terá de trabalhar ainda mais 65 horas anuais, sem aumento de salário, para conforto do imperialismo e seus lacaios no seio da União Europeia.

Assim, quando no terceiro trimestre de 2013 a OCDE publicar os dados respeitantes ao corrente ano de 2012, cada um de nós ficará a saber que, em 2012, já trabalhou muito mais do que as 1776 horas pretendidas pelos capitalistas, em consequência da aplicação das políticas do famigerado Memorando de Entendimento, que, além de cortes nos salários, aumentou a jornada diária e semanal de trabalho com a imposição de horas extraordinárias, a obrigação de trabalho ao sábado e os cortes nos dias de férias e feriados.

A receita terrorista de mais trabalho, menos salário já leva três anos de aplicação na Grécia e produziu resultados que ultrapassaram em tudo até as mais impossíveis metas da OCDE: em 2011, cada trabalhador grego trabalhou, em média, 2032 horas, ou seja, trabalhou naquele ano, em média, mais 256 horas do que o objectivo máximo de 1776 horas pretendido pela organização imperialista da OCDE.

Eis o que espera os trabalhadores portugueses, se não correrem, como decerto o farão e por todos os meios ao seu alcance, com a Tróica e com o governo de traição nacional Coelho/Portas.

Entretanto, vejam só isto: no Reich da chancelerina Merkl, o trabalhador alemão trabalhou o ano passado, e em média, 1413 horas!..., menos 298 horas do que cada português e menos 619 horas do que cada grego.

Claro está que a Alemanha também integra a OCDE, mas, quanto ao objectivo das 1776 horas de trabalho, parece estar dispensada...

Meses atrás, em discurso pronunciado no parlamento alemão, a chancelerina Merkl apelidou de vadios os gregos! Imagine-se uns vadios que trabalharam, em média e durante o ano de 2011, segundo estatísticas da OCDE, mais 619 horas – mais 45%!... – do que cada trabalhador alemão.

Seiscentos e dezanove horas a mais, para alimentar o imperialismo germânico.

O que está a acontecer aos gregos é o que nos espera: mais trabalho, menos salário, mais desemprego.


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