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Dia 19 de Outubro: Não recuar, nem pactuar! Os trabalhadores têm de manter o objectivo de derrubar este governo de traição nacional!

Quando Arménio Carlos anunciou que a direcção da CGTP à qual preside, tinha decidido realizar uma manifestação cujo percurso se iniciaria na margem esquerda do Rio Tejo, atravessando os manifestantes a ponte 25 de Abril, a pé, no próximo dia 19 do corrente, imediatamente todos os partidos e plataformas cidadãs que se opõem ao governo vende pátrias de Coelho e Portas, tutelado por Cavaco, vislumbraram nesta agenda política um simbolismo de assinalar e uma decisão de aplaudir.

É que, quando Cavaco era 1º ministro, foram precisamente os acontecimentos e a repressão sobre a ponte, então registadas, que levaram ao derrube do seu governo, tão fascista e terrorista como o que actualmente apadrinha.

Ninguém esperaria, portanto, que a uma entrada de leão se seguisse uma saída de…sendeiro!

Na perspectiva da relação de forças entre o capital e o trabalho, o facto de uma Central Sindical afirmar que avança com uma acção de massas, em determinados moldes, e depois recua perante falaciosos e obtusos argumentos – que caiem pela base se atendermos ao facto de que já se realizarm mais de 20 maratonas…a pé…sobre a ponte 25 de Abril – tem um significado político de enorme importância.

Desde logo que concessões políticas deste jaez, pactuando com o inimigo, poderão ter consequências para a luta dos trabalhadores e do povo português pelo derrube deste governo, pela expulsão da tróica germano-imperialista do nosso país e pela constituição de um governo democrático patriótico que faça Portugal sair do euro e da União Europeia e se recuse a pagar uma dívida que não foi contraída pelo povo, nem o povo dela retirou qualquer benefício.

Para que os trabalhadores e o povo respondam massiçamente aos apelos de mobilização para a luta – sejam quais forem as formas de luta -, estes têm de reconhecer credibilidade e firmeza às direcções das organizações que reclamam representá-los. Tal não se compagina com o que a direcção da CGTP agora fez. Isto é, anunciar uma determinada forma de luta, explicando aos trabalhadores os objectivos da mesma e, depois, apertada pelo torcionário Macedo, o ministro das polícias, recuar e, pior do que isso, menorizar a importância que inicialmente tinha conferido à forma de luta que tinha proposto.

Sendo a questão central a mobilização dos trabalhadores e do povo para o derrube deste governo de serventuários que mais não fazem do que executar aquilo que o directório europeu e o BCE, estruturas dominadas pelo imperialismo alemão, e o FMI, lhes ditou, teremos de fazer um grande esforço para contrariar os danos que a direcção da CGTP provocou, a fim de que a quebra da sua credibilidade não afecte a necessidade, oportunidade e objectivos desta luta.

Qualquer democrata e patriota que se preze sabe que, para que os trabalhadores e o povo se mobilizem têm de reconhecer firmeza e coerência na direcção da sua luta. Não é possível vislumbrar qualquer ciclo revolucionário transformador dasociedade vingar com uma direcção política que, com alguma frequência, como é o caso da CGTP, se apresenta com uma postura errática, inconsequente e cobarde!

Continuando a ser essencial a unidade de todas as forças susceptíveis de derrubar este governo fascista e terrorista, não podemos deixar de observar – e teremos, colectivamente, de fazer esse balanço - como a massa de sindicalizados diminuiu abruptamente nas últimas 3 décadas no nosso país. Teremos de retirar desse facto a óbvia ilação de que tal se deveu à conciliação, à hesitação, aos recuos e à deriva programática da CGTP. É que, de cada vez que o PCP regista subidas eleitorais, logo a postura de partido responsável, regimental, emerge e influencia todas as estruturas em que se envolve.

Para além da recorrente mobilização dos trabalhadores da função pública e do vanguardista sector dos transportes, têm de ser reunidas as condições para se produzir a grande vaga de fundo que se exige, e que tem de ter os trabalhadores do sector privado envolvidos, bem como o que resta da classe operária a trabalhar em grandes, pequenas ou médias empresas – públicas e privadas!

Não podendo nenhum trabalhador confiar na direcção da UGT, existe um cada vez maior número de trabalhadores que começa a descrer da direcção da CGTP. Não é certamente por acaso que, quando se trata de firmeza na luta venha imediatamente à memória dos trabalhadores, o exemplo de luta e firmeza de sindicatos como o SINDEM (um dos sindicatos representativos do sector operário do Metropolitano de Lisboa) ou do Sindicato dos Estivadores.

O que devemos salientar é que o que se impõe perante a declaração de guerra que o governo, ao serviço do capital e da tróica germano-imperialista, fez à classe operária, aos trabalhadores, ao povo, a todos os democratas e patriotas, ao impôr as normas contidas na Lei Geral do Orçamento de Estado (OE) para 2014, é a convocatória imediata de uma Greve Geral de dois ou mais dias, mas de forma concertada entre todas as organizações sindicais, políticas e sociais.

A exemplo, aliás, do que a Frente Comum dos sindicatos dos trabalhadores da Função Pública fizeram, ao convocar para o próximo dia 8 de Novembro uma Greve para este sector dos trabalhadores e a Plataforma dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, que agrega sindicatos da CGTP, UGT e independentes, que marcou greves até 9 de Novembro, dia em que se realiza uma manifestação dos trabalhadores do sector dos transportes.

A saída passa por caminhar na senda da constituição de formas organizativas eficazes e firmes para derrubar o governo de traição nacional Coelho/Portas, e do seu tutor Cavaco, visto que ficou já demonstrado que nunca será a CGTP ou qualquer partido, de forma isolada ou tentando impôr a sua liderança, que conseguirá alcançar esse objectivo político central e cada vez mais urgente.


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