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Greve dos médicos dias 11 e 12 de Julho - Uma justa luta que as manobras fascistas do ministro não conseguirá travar!

medico-greve-01Os médicos decidiram, e bem, realizar uma greve nos próximos dias 11 e 12 de Julho. No caso, em sintonia com a própria Ordem dos Médicos.

Estes trabalhadores da saúde, para além de terem sido vítimas, tal como os restantes trabalhadores da função pública, do confisco dos subsídios de férias e de Natal, têm sido alvo de uma política de particular vexame e de indignidade prosseguida por este governo de traição nacional.

Política essa que, tendo como única justificação a submissão aos ditames da Tróica e a necessidade de pagar uma dívida que o povo português não contraiu, assume como seu objectivo a liquidação do actual sistema nacional de saúde e a progressiva transferência da assistência médica e prestação de cuidados de saúde para os privados, de que as parcerias público-privadas são o actual modelo, com a concomitante degradação da qualidade destes serviços e restrição ao respectivo acesso pelos trabalhadores e suas famílias, cada vez mais empobrecidos.

Mal os sindicatos se puseram de acordo e anunciaram a convocatória da greve, a histeria e o desespero apoderaram-se do gestor da Tróica para o sector, que tudo tem tentado, da demagogia à chantagem, ao suborno e às ameaças, para fazer vergar os médicos.

Tanto mais que a determinação revelada por estes tem contado simultaneamente com manifestações de uma crescente revolta popular contra as medidas da chamada reorganização hospitalar e de redução de despesas imposta pela Tróica que tem conduzido à eliminação de serviços de assistência e a uma intransponível dificuldade de aceder a esses serviços.

O ministro da saúde, a exemplo do que já o Álvaro havia deixado transparecer relativamente aos trabalhadores dos transportes, acabou por revelar a sua faceta fascista de um ódio incontrolado ao exercício do direito à greve pelos trabalhadores e, em particular, àqueles que ousam opor-se e resistir à sua política devastadora no sector da saúde.

Desde a ameaça chantagista do recurso à requisição civil até uma manipulatória e desesperada campanha demagógica, passando pela tentativa de suborno dos dirigentes sindicais - convocando-os para uma reunião armadilhada na véspera da greve e acenando com a apresentação de propostas de novas grelhas salariais para os comprar e levá-los a desistirem daquilo que constituirá uma derrota fragorosa para o governo - a tudo lançaram mão, sem êxito, o gestor ministerial e da Tróica para a saúde e o seu secretário de estado.

O sucesso desta luta está muito dependente, não apenas da unidade dos médicos no seu seio, mas principalmente da sua unidade com a luta dos enfermeiros e restantes trabalhadores do sector e muito em particular com a luta dos trabalhadores que utilizam o serviço nacional de saúde contra a sua progressiva amputação e liquidação.

E, acima de tudo, é absolutamente indispensável ter presente que toda a política deste governo está exclusivamente condicionada pela aplicação do memorando da Tróica, pelo que só será possível vencê-lo (derrubá-lo) se se exigir e impuser o não pagamento de uma dívida que é impagável e não cessa de crescer.


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