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25 de Abril de 2024

As Forças Armadas ao Serviço do Imperialismo

Arnaldo Matos

As Forças Armadas, de portuguesas, só têm o nome. As Forças Armadas ditas portuguesas são hoje um grupo de mercenários, lacaios do imperialismo americano, francês e alemão.

Todas estas tropas mercenárias deviam recolher a Penates, para serem imediatamente desmobilizadas.

Os portugueses não podem nem têm de pagar tropas para defender os interesses do imperialismo, precisamente aquele mesmo imperialismo que também explora o nosso povo em Portugal, nas fábricas que já não são nossas, mas francesas, inglesas, suecas e alemãs, nos bancos que são espanhóis, nos mares que já só falam castelhano.

A política externa de Portugal não é a política da guerra, mas a política da paz. Não sou só eu que o digo, mas é sobretudo o artigo 7º da Constituição da República.

Nas relações internacionais, Portugal rege-se pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade.

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Comemoram-se este Ano os Cinquenta Anos,
Meio Século do 25 de Abril de 1974

E as comemorações começaram cedo, uma vez que a preparação das mesmas se iniciaram há cerca de dois anos, Março de 2022, quando foi constituída a comissão executiva e nomeado o comissário executivo, Pedro Adão e Silva, ligado, claro está, ao partido do governo PS de então, e deverão terminar em dezembro de 2026, ou seja, têm uma duração de 5 anos com distribuição de cargos e carguinhos, comissões e toda a espécie de sinecuras, prevendo-se gastos de alguns milhões de euros, verba retirada do erário público, naturalmente.

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Intervenção do camarada Arnaldo Matos
no Congresso A Revolução de Abril (2014)

No dia 25 de Abril deste ano, comemoramos duas datas. Pelo menos eu comemoro duas datas: a data do golpe de Estado que derrubou o regime de Salazar e de Marcelo …Caetano, claro, e a data que inicia uma revolução popular. Dois fenómenos que marcharam a passo a contrapasso que se cruzaram, que se esticaram e que chegaram aos de dias de hoje ainda na forma que talvez eu ainda tenha tempo de dizer.

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Entrevista publicada a 2 de Maio de 2004

Há vinte anos o camarada Arnaldo Matos fazia o seguinte balanço da Revolução de Abril que, pela pertinência da análise e inesperável actualidade, agora publicamos

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Comunicado do 25 de Abril de 1974

Opinião

O voto (f)útil!

O voto (f)útil!

Bem se podem esforçar Costa e Centeno, com a prestimosa ajuda das suas muletas do PCP, BE e Verdes, em apresentar um quadro de optimismo, de evolução positiva e riqueza para o povo e o país, que aí estão os mais recentes dados do eurobarómetro para deitar por terra as ilusões criadas.

Apesar das abundantes declarações de melhoras na qualidade de vida para quem trabalha:

  • o desemprego e, sobretudo, a precariedade mantêm-se,

  • o roubo do trabalho imposto pela tróica durante o governo de coligação da direita com a extrema direita, de Passos e Portas – tutelado pelo palermóide de Boliqueime, à época presidente da república – persiste no essencial, não se vislumbrando para quando a retoma das 35 horas de trabalho em muitos sectores do trabalho – professores, médicos, enfermeiros, etc. -, que viram aumentadas as suas cargas horárias sem qualquer contrapartida,

  • o tão elogiado anúncio de passes sociais acessíveis, tem como contraponto, a realidade de um sistema de transportes obsoleto, inseguro, decadente e inoperacional,

  • os incêndios sucedem-se, bem como a acumulação capitalista nos campos que eles favorecem, demonstrando que a Protecção Cívil nada proteje – muito menos as populações pobres – e continua a favorecer a corrupção, o compadrio e o nepotismo,

  • o governo Costa/Centeno continua a desferir sucessivos ataques à contratação colectiva e já começa a anunciar – através de um mentecapto cooptado para ministro, um tal Siza Vieira – que defende a necessidade de se alterar a Constituição, mormente no Capítulo que se refere ao “Direito à Greve”, tanto mais que largos sectores de trabalhadores começam a sacudir das suas costas o peso de direcções sindicais traidoras (tanto da CGTP, como da UGT) e começam a advogar um sindicalismo mais combativo, que não se deixa capturar pelas algemas da “concertação social”,

  • Costa e Centeno persistem na política de liquidação do Serviço Nacional de Saúde, prosseguindo a criação das condições para a privatização do sector que havia sido exponenciada por Passos e Portas, a mando da tróica germano-imperialista, na sua histeria neo-liberal privatizadora. A admissão dos cerca de 1.400 profissionais da saúde agora anunciados pelo governo não servem minimamente para satisfazer a necessidade de contratação de mais de 7.500 médicos, enfermeiros, auxiliares e outros profissionais, que o SNS há muito exige para poder prestar serviços condignos e eficientes aos trabalhadores e suas famílias,

  • Quatro Leis Gerais do Orçamento volvidas, aprovadas com o beneplácito do PCP, BE e Verdes, Costa e Centeno – em nome dos compromissos europeus que as muletas não se cansam de afirmar respeitar - , persistem em impor ao povo português o pagamento de uma dívida que ele não contraiu e da qual não retirou qualquer benefício,

  • O garrote do euro e a pertença à união Europeu, que retiraram ao país e ao povo português toda a sua soberania, continua a capturar a nossa capacidade de determinar quais os sectores industriais, agrícolas, comerciais e outros, que melhor serviriam as necessidades do nosso povo, já que, sem moeda, sem a possibilidade de ter uma política cambial, económica e financeira, aduaneira, independentes, tal nunca será possível.

E o rol poderia ser multiplicado vezes sem conta!

O inquérito a que acima fazemos teve lugar entre 8 e 18 de Junho passados, e os dados recolhidos são bem demonstrativos de que os trabalhadores começam a dar-se conta do êngodo para o qual Costa e Centeno, com a prestimosa colaboração de PCP, BE e Verdes, os quiseram arrastar:

  • Sobre a situação económica do país, 61% dos inquiridos classificou-a como má, contribuindo para esta percepção factores como a situação do respectivo agregado familiar ou a respectiva situação laboral, a situação económica e o desemprego;

  • Quanto à confiança nas instituições, 55% dos inquiridos afirma não ter qualquer confiança no governo, números que se agravam quando questionados sobre o parlamento, com 59% a dizer que não confia na Assembleia da República.

Por tudo isto, no próximo dia 6 de Outubro, quando forem colocar o seu voto na urna, os operários e os trabalhadores portugueses devem questionar-se sobre se estão dispostos a, uma vez mais, colocar no poder, através do voto útil, aqueles partidos que há mais de 40 anos nada mais têm para lhes oferecer do que aquilo que os levou ao descontentamento e revolta enunciadas no inquérito a que se dispuseram responder, ou se, de uma vez por todas, entendem que foi (f)útil votar neles e têm a coragem de enveredar por outro caminho, abraçando uma opção verdadeiramente ao serviço dos seus interesses.

Votar no PCTP/MRPP será certamente uma manifestação do elevar da consciência de operários e trabalhadores de que não será com reformas que os seus interesses serão acautelados, mas sim com a ruptura com o modo de produção capitalista.

L.J.

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