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PAÍS

Grande manifestação de 15 de Setembro - Mais de um milhão de vozes esfrangalharam pretensa legitimidade do governo de Passos!

2012-09-15-manifestacao 01E agora Passos e Portas, depois da maior manifestação de protesto, revolta e luta, que reuniu mais de um milhão de trabalhadores e elementos do povo em cerca de 40 cidades do nosso país, sob o lema “Que se lixe a tróica…queremos a nossa vida!”, ainda irão insistir que têm “legitimidade eleitoral” para “custe o que custar” aplicar as medidas terroristas ditadas pela tróica germano-imperialista que servem de forma tão canina?

Já perceberam, ou será necessário fazer-vos um desenho, que o vosso governo vende pátrias tem os dias contados e, se vocês não quiserem sair pelo vosso pé, ele será certamente derrubado pelo povo que, ao mesmo tempo, aproveitará para expulsar do país o FMI e restante tróica?

E, já agora, para aqueles eternos candidatos em cavalgar o descontentamento popular para, depois, fazer exactamente o mesmo que aqueles que agora o povo quer expulsar, só que por mais tempo e com menos “dor”, um aviso à navegação. Não houve um momento, hoje, nas manifestações que ocorreram por todo o país, em que não se verificasse que o povo está vigilante e não tem qualquer intenção de voltar a abrir as portas a quem só tem para oferecer falsas alternativas e mais do mesmo.

Ainda ecoam no ar as palavras de ordem de “tróica fora de Portugal, Independência Nacional”, “Passos para a rua, o Povo vencerá!”, etc., e já um penteadinho qualquer, porta-voz do PS, vem declarar que se espera, após esta grandiosa manifestação, que o governo recue e “mude de políticas”.

Começa a enjoar esta conversa redonda, que só não se pode considerar chata porque tem implicações dramáticas para os trabalhadores e para o povo. A dança, o refrão ou o mote são sempre os mesmos. Diz Seguro que, sim senhor, que o seu partido assinou o memorando com a tróica germano-imperialista, que se dispôs, tal como PSD e CDS a fazer o povo pagar uma dívida que não contraiu, nem dela beneficiou, para salvar os grandes grupos financeiros e bancários das aventuras especulativas em que se envolveram, na prossecução do sacrossanto lucro, e que é cúmplice na estratégia de facilitar a acumulação capitalista.

No entanto, com uma hipocrisia sem limites, acusa Seguro o governo de traição Passos/Portas de querer ser mais “troikista” que a “tróica” e de, na sua fobia de ser reconhecido por aquela como o melhor dos alunos entre os “bons alunos” que assinaram o memorando de entendimento, cai em alguns excessos! Ou seja, para Seguro, é pacífico estar de acordo com PSD e CDS na tese de que os portugueses “viveram acima das suas possibilidades”. Para ele é lícito fazer o povo pagar por isso, nem que para tal o país se veja exaurido dos seus recursos e activos estratégicos, vendidos a preços de saldo, nem que para tal haja que assumir “sacrifícios” que levem à depreciação das condições de vida e de dignidade do povo.

É por isso, aliás, que Seguro foge como o diabo da cruz a responder a questões tão simples como as que permitam ao povo – que todos eles pretendem que pague a dívida – saber quanto se deve, a quem se deve e porque é que se deve. Nós sabemos porquê. Porque, no dia em que o povo tiver uma resposta cabal a estas questões recusar-se-á a pagar um cêntimo de euro que seja da dita.

Mas há mais. Afirmando-se tão preocupados com o ataque que PSD e CDS, a mando da tróica germano-imperialista lança sobre os trabalhadores e o povo, esta gente que se reclama de esquerda, numa situação de grande convulsão revolucionária e contestatária, para ver se sai bem na foto, está a tentar, uma vez mais, ver se se aproveita do descontentamento popular para o desviar dos seus objectivos de luta. E é por isso que ainda não respondeu ou não quis responder a questões tão simples e directas como: estão, no imediato, dispostos a integrar o movimento que exige a marcação imediata de uma Greve Geral Nacional?

Estão dispostos a integrar uma ampla frente de camadas populares, que já conta nas suas fileiras com milhares de militantes socialistas que não se revêm na direcção do seu partido, frente essa que tem o firme propósito de derrubar este governo, constituir um governo democrático patriótico que, para além de se bater pela recuperação na nossa soberania nacional, REPUDIE A DÍVIDA, nacionalize a banca e todas as empresas, sectores e activos com importância estratégica para se implementar uma economia ao serviço do povo e controlada pelos trabalhadores?

É que esta será a pedra de toque que distinguirá aqueles que querem aprender com as lições do passado e não mais cair na hesitação, na capitulação, nas alianças que castraram o movimento revolucionário emergente no 25 de Abril de 1974 daqueles que, de há mais de 3 décadas a esta parte, mais não têm feito do que produzir um discurso “socialista” nas palavras para escamotear a sua prática política de direita, ao serviço do capital, ao serviço dos grandes grupos financeiros e do directório europeu, controlado pela chancelerina Merkel que pretende fazer o que nem Hitler, com as suas divisões Panzer, logrou alcançar: ocupar e colonizar a Europa.

A conversa entre estes personagens, Seguro de um lado e Passos e Portas de outro, faz lembrar aquele teorema sem solução de quanto tempo leva, por oposição a um buraco, a escavar “meio buraco”. O caminho que ambos propõem é o mesmo e passa, sempre, por aplicar medidas terroristas e fascistas sobre o povo e quem trabalha. A “diferença” reside, apenas e tão só, na intensidade e na extensão do golpe, no instrumento a utilizar para desferir esse golpe e no tempo de duração do golpe.

Uns, PSD e CDS, querem que o golpe seja misericordioso e rápido, para rápida ser também a satisfação dos ditames da tróica germano-imperialista que, apesar de querer que o negócio da “dívida” se prolongue pelo mais amplo período de tempo, se mostra “nervosa” quanto à instabilidade do “pagador”. Outros, como é o caso de Seguro, mas não só, “aconselham” o directório europeu e o imperialismo germânico que o domina, a ir com maior cuidado por esse caminho, a não querer “precipitar” os acontecimentos.

Porque cá estará o bombeiro de serviço do PS para “apagar” os fogos da revolta popular e a esfriar qualquer escalada das lutas que os trabalhadores se mostrem dispostos a travar, assim lhe concedam o beneplácito da “renegociação” da dívida, e um consequente prazo mais alargado para a pagar, mais juros, por mais tempo, sempre à custa, tal como já o faz Passos e Portas, de quem trabalha e do povo português.

A situação, depois do dia de hoje, nunca mais será a mesma. Existem mais de um milhão de diferenças em relação ao dia de ontem. Ficou claro que o derrube do governo é inevitável, como inevitável é a expulsão da tróica germano-imperialista do nosso pais.

Mais de um milhão de razões deixaram bem claro que esta frente de todas as camadas populares que hoje convergiu para as ruas, praças e cidades do nosso país, querem que um governo que reflicta os interesses dos trabalhadores e do povo, dos intelectuais, da juventude, de pequenos e médios empresários - arruinados pela política deste governo em defender, apenas, os interesses dos grandes grupos financeiros e bancários, sobretudo estrangeiros – emirja desta luta, um governo democrático patriótico que repudie esta dívida ilegítima, ilegal e odiosa, nacionalize a banca e todos os activos, sectores e empresas estratégicas para uma economia independente, ao serviço do povo e controlada pelas organizações de classe dos trabalhadores.


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