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PAÍS

Assunção Cristas e a Água: Medidas imediatas…promessas futuras!

torneira agua 01As ilusões e promessas que este governo começa a “distribuir”, têm por objetivo “arrefecer” o ânimo, a mobilização e a combatividade que o povo tem demonstrado na sua vontade de mandar para a rua o Passos e o Portas, bem como anular as medidas que eles têm imposto. É neste contexto que se tem de compreender porque é que Assunção Cristas, numa cerimónia destinada a assinalar o “Dia Mundial da Água”, vem informar que “…é intenção do governo, na proposta de lei orgânica da entidade reguladora que irá mandar para o parlamento, prever que se passe a considerar um tarifário social dentro de todas as tarifas que venham a ser fixadas ou recomendadas pela entidade”, visto que, ainda segundo a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, sendo a água “um bem imprescindível”, se torna necessário “acomodar a situações de maior dificuldade”, já que “as pessoas não podem deixar de ter água de qualidade nas suas casas”.

Este governo de serventuários e vende-pátrias, sempre submisso aos ditames da tróica germano-imperialista, tem sido célere na aplicação e imposição das medidas terroristas e fascistas que estão a levar os trabalhadores e o povo a um cada vez maior empobrecimento, fome e miséria, desemprego e precariedade, a uma cada vez mais assinalável perda da nossa soberania nacional.

Mas, este mesmo governo, na exacta medida em que declara guerra aos trabalhadores e ao povo português, ao impor tais medidas, de vez em quando vem agitar a “bandeira branca” do armistício, invocando que está disposto a tomar acções e medidas que aliviem o sofrimento que elas causam ao povo…num distante e difuso futuro!

Comovente, esta caridadezinha do governo e da ministra, não é?! Os menos atentos ou desprovidos da razão, poderiam ser levados ou tentados a pensar que, afinal, este governo não é tão mau como o pintam, que até se preocupa com os “deserdados da terra”, dispondo-se a promover políticas que lhes aliviem o sofrimento. Desenganem-se! Porque, este governo que agora vem dizer que a água é um bem “imprescindível”, é o mesmo governo que, sem hesitação ou complacência, aumentou a taxa do IVA para este e outros bens essenciais para o povo, dificultando o acesso ao mesmo a milhares de trabalhadores e suas famílias, ao povo em geral. Diz um ditado popular que, “quando a esmola é muita…o pobre desconfia!”

E tem razões para tal. É que, pela voz da mesmíssima Assunção Cristas, que mostrou tanta “preocupação”, “empenho” e “zelo” em “minorar” os efeitos das medidas terroristas e fascistas que levaram não só ao agravamento dos preços da água, mas das condições de vida do povo, veio logo de seguida, e no âmbito das assinaladas comemorações, o “esclarecimento” de que tal “proposta de lei orgânica…ainda não será possível para o próximo ano”, já que o modelo sobre o qual assenta tal medida ainda necessita de ser “avaliado, sinalizado e desenvolvido pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) ”, uma entidade que, como sabemos, ainda está por…CRIAR!

Este autêntico “bodo aos pobres” não consegue escamotear, no entanto, a resposta que Assunção Cristas deu aos jornalistas quando questionada sobre a possibilidade de em 2013 se registarem mais aumentos no preço da água. A resposta foi…CRISTALINA! Como 2013 será o último ano em que o governo, no âmbito da sua política de privatização, a preços de saldo, de todos os activos e sectores públicos de relevante importância estratégica, política que compromete a prossecução de uma economia independente e ao serviço do povo e de quem trabalha, terá o “poder” de fixar, através da pasta do Ambiente do ministério de Assunção Cristas, o tarifário para a água, esta espera que “…com o reforço dos poderes da ERSAR” já seja essa entidade “a fazer essa fixação”, com a “prestimosa” e “desprendida” colaboração da EDP, precisamente a percursora dos tarifários! Melhor do que Pilatos a lavar as mãos, esta Cristas! Uma no cravo…outra na ferradura!

Sendo a água um bem ao qual os trabalhadores e suas famílias, o povo em geral, têm direito em aceder, só o derrube deste governo de traição do PSD/CDS e a constituição de um governo democrático patriótico o assegurará pois, para além de repudiar a dívida e obter o controlo da banca, determinaria que um bem desta natureza seria, de imediato, sujeito a nacionalização.


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