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PAÍS

Um passo importante na luta dos professores e uma significativa derrota do governo Coelho/Portas

2013-06-15-manif profsA greve que os professores dos ensinos básico e secundário realizaram no dia 17 de Junho aos exames do 12º ano saldou-se por uma derrota clamorosa do governo Coelho/Portas e do ministro Nuno Crato, tendo constituído um passo muito importante no sentido de impor a revogação do aumento do horário de 35 para 40 horas semanais e de impedir o despedimento colectivo de dezenas de milhar de professores que o governo pretende efectuar.

Tendo convocado para as escolas a totalidade dos cerca de 115 mil professores do ensino público naqueles graus de escolaridade, com o intuito de conseguir que em cada agrupamento escolar pelo menos 5% dos professores furassem a greve (o que permitia, na maior parte dos casos, garantir o número necessário de professores vigilantes), o governo não conseguiu esse objectivo num grande número de agrupamentos, tendo havido um número muito significativo desses agrupamentos em que a adesão à greve se aproximou ou atingiu mesmo os 100%.

Um terço dos cerca de 75.000 alunos inscritos não conseguiu realizar o seu exame devido a esta poderosa greve dos professores, sendo que esse número poderia ser ainda bastante superior se não se tivessem registado inúmeras violações da lei por parte do ministério e de muitas direcções de agrupamentos, no que diz respeito às exigências técnicas, logísticas e de capacitação para o exercício das funções de vigilante deste exame.

Tendo garantido que os exames iriam decorrer com normalidade, o ministério da educação viu-se já obrigado a marcar uma nova data para que os alunos que não puderam realizar agora o seu exame o possam fazer depois. Nenhuma das inúmeras manobras de tentar virar os pais e os alunos contra os professores surtiu efeito. Pelo contrário, é ao governo e ao ministério que pais e alunos pedem agora responsabilidades pelos problemas de justiça e equidade entre os examinandos que esta situação acarreta.

Embora não tenham obtido uma vitória total neste confronto com os seus inimigos, os professores manifestaram uma grande determinação para vencer e reforçaram significativamente a sua unidade e a sua organização para os combates futuros. Em termos imediatos, prosseguem esta semana as greves às reuniões de avaliação final, as quais têm registado uma adesão quase total.

É importante que agora as direcções sindicais estejam à altura das exigências que os professores lhes colocam, que são as de obter uma vitória inequívoca na luta pelas reivindicações imediatas atrás assinaladas. É neste quadro que se tornará mais clara a necessidade de derrubar o governo fascista de traição nacional Coelho/Portas e de constituir um novo governo democrático e patriótico, como passo indispensável para garantir a criação de condições para que uma educação democrática e de qualidade possa ser proporcionada a todos os alunos portugueses.


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